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Ecchi: Estilo sensual de Animação Japonesa

Animes são animações que inicialmente eram de origem japonesa, e, segundo Victor Antunes de Souza Serrão e Jadson Justi, “se caracterizam pelo estilo simplificado dos traços e um foco nas expressões faciais, em especial os olhos. Embora não seja regra, muitas dessas animações partem de mangás, que são histórias em quadrinho japonesas, com características parecidas com as dos animes, principalmente na estética[1].

De acordo com Andrea Tiemi e Arissa Watari, “no Brasil, os animes se popularizaram na década de 1990, principalmente com o gênero shounen. Animações como Dragon Ball, Cavaleiros do Zodíaco, Naruto e One Piece, ficaram amplamente conhecidas, principalmente pelo fato de que algumas delas passaram em canais de televisão aberta”[2].

Uma das formas usadas para segmentar os tipos de animação feitas no Japão é baseada no interesse sexual do público alvo ao qual se destina a produção.

De acordo com a Wikipedia[3], Ecchi ou Etchi é um termo japonês que se refere a relação sexual ou amostra de muita sensualidade, sendo que, no ocidente,” o termo é associado principalmente com animes, mangás ou jogos de videogame que apresentem a sensualidade como principal tema, como obras softcore”.

Ao lado Shounen, Shoujo, Seinen, Josei, Kodomo e Hentai, o Ecchi seria uma categoria ou gênero de animação japonesa onde o foco está em um conteúdo com teor sexual, principalmente aliado ao humor, com cenas provocantes e um pouco de nudez.

Assim, pode-se afirmar que uma forma de categorizar a produção como Ecchi é instigar a imaginação por meio da sensualidade e humor com ausência de sexo explícito.

Os elementos comuns de Ecchi incluem conversas com referências sexuais, duplo-sentido ou insinuações, representações visuais como poses sugestivas, roupas reveladoras ou sexualizadas, nudez, infantilização, fetichização, objetificação e a representação de certas ações, normalmente vinculados a efeitos cômicos e limitados pela narrativa.

Nesse sentido torna-se válido refletir e analisar como essas representações estão sendo realizadas, especialmente a representação feminina que, segundo Cecilia Inamura de Moraes, “reforçam estereótipos que estão diretamente relacionados ao exótico, à submissão, à infantilização, à fetichização e à objetificação desses corpos[4].

É possível aduzir que os instrumentos que a cultura pop japonesa manifesta por meio das animações Ecchi muitas vezes associam a mulher a um corpo infantilizado, ora exotificado, ora erotizado, representando a beleza feminina por meio da desarrazoada sensualização, sendo que, para Cecilia Inamura de Moraes, tal situação “aponta que a sociedade acaba enxergando esses corpos apenas como um produto no menu a ser consumido”. Ou seja, a mulher deixa de ser valorizada como ser humano para ser foco de desejo e entretenimento.

Assim, uma vez que os animes estão consolidados na cultura pop/geek contemporânea, eles podem servir como influência estética, política e ideológica para um grande grupo de pessoas, e, dessa forma, influenciar negativamente a forma como enxergar e respeitar o corpo feminino.

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[1] SERRÃO, Antunes de Souza Serrão; JUSTI, Jadson. A iconicidade de uma geração: o anime saint seiya como fenômeno social. Brazilian Journal of Development, v. 6, p. 45221-45239, 2020.

[2] TIEMI, Andrea WATARI; Arissa. Fairy Tail: A magia que não chega para as mulheres amarelas. In Leituras Sobre a Sexualidade em Filmes: Animações e Músicas. Vol. 11 Especial. Coleção Sexualidade & Mídias. São Carlos: Pedro & João Editores, 2021, p. 65.  

[3] https://pt.wikipedia.org/wiki/Ecchi

[4] MORAES, Cecilia Inamura de. Mulheres de Desconforto: o consumo da imagem da mulher amarela. Medium, 2019. Disponível em: https://medium.com/@cecilia.moraes/mulheres-de-desconforto-o-consumo-da-imagem-da-mulher-amarela-aa84457e3063

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