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Explorando a Diversidade: Um Olhar sobre a Representação LGBT+ na Franquia Pokémon

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O dia 27 de fevereiro é conhecido como o “Pokémon Day” (traduzido como “Dia do Pokémon”). Essa data celebra o aniversário da franquia com o lançamento de Pokémon Red e Green para o Game Boy, em 1996. Nesta análise, trarei um importante tema sobre Pokémon: a representatividade LGBT+.

Embora a franquia não expresse abertamente a inserção ou existência de personagens LGBT+, há especulações de longa data sobre a presença de tais personagens. Alguns são inseridos de forma cautelosa e sutil, como Maylene e Candice em Pokémon Platinum, enquanto outros são mais evidentes, como Blanche em Pokémon Go.

Destacaremos algumas controvérsias sobre a representação da comunidade LGBT+ na franquia Pokémon.
Como iniciamos falando sobre elas, em um diálogo entre as treinadoras Maylene e Candice em Pokemon Platinum, nota-se um sutil crush de Maylene em Candice, o qual seria revelado por Maylene a Candice em uma das visitas à vila (nome dado a casas em Pokemon Platinum).

É importante mencionar que a franquia não se posiciona de forma a confirmar a lesbianidade das treinadoras, não sendo esta a sexualidade oficial das meninas 

Em Pokémon X e Y, há a clara inserção de uma personagem trans. Na Battle Maison, Beauty Nova, é sugerida como uma mulher transgênero. Ela diz que recentemente remodelou completamente sua vida e que renasceu como uma Beauty depois de ser Black Belt (uma classe de treinador exclusivamente masculina) há meio ano.

Em Pokémon Go temos Blanche, um personagem não binário, cuja descrição em inglês usa pronomes neutros, sendo essa neutralidade mantida na tradução para o português.Já em Scarlet e Violet, os personagens Grusha e Penny são apresentados representando um homem transgênero e uma mulher transgênero, respectivamente. Grusha é o Líder de Ginásio do Ginásio Glaseado e se especializa em Pokémon do tipo Gelo. Suas roupas refletem as cores da bandeira trans, assim como as de Penny.
Penny é uma estudante da Academia Naranja S / Academia Uva V.

O Pokémon final na equipe de Penny é Sylveon, uma graciosa criatura do tipo Fada. Quando a batalha começa, Penny se transforma em Sylveon.

Ainda falando sobre a fadinha ícone da comunidade trans da franquia, Sylveon é um Pokémon introduzido na Geração 6 . É uma das 8 evoluções do pokémon Eevee quando este atinge um certo nível de amizade com seu treinador.

*Convenhamos que não há nenhuma evolução de Eevee que enquadre-se fora da comunidade lgbt* Sylveon possui nitidamente as cores da bandeira trans.

Além de toda a evolução de Eevee ser abraçada pela comunidade LGBT, não podemos esquecer de Jinx, a bruxa roxa com enormes seios ícone drag queen. Jinx é introduzido na Geração 1, evoluído a partir do Smoochum.

Por mais inusitado que possa parecer, Squirtle foi adotado pela comunidade a partir do lançamento do livro infantil “Come out Squirtle”, traduzido como “Venha para fora Squirtle”.
A narrativa do livro gira em torno de Squirtle não querer de forma alguma sair de dentro de casa e, quando ele sai, Squirtle diz que ficou muito feliz em conseguir sair de casa, olhando para o alto e observando um arco-íris, numa simbologia do processo de “sair do armário” que toda pessoa LGBT já enfrentou ou enfrentará.

Quaquaval é um pokémon nitidamente inspirado no carnaval brasileiro. A quantidade de símbolos queers inseridas nele fez que este fosse o primeiro pokémon a sofrer ataques homofóbicos.Já Mr.Mime é nitidamente a figura de uma gay ”cacura” que precisa de longas férias e descanso.

Por último, não poderia deixar de mencioná-lo: James é membro da Equipe Rocket junto de Jessie e Meowth, uma equipe que tenta capturar Pokémons raros e valiosos, incluindo Pokémons Lendários. Seu trio tem uma certa obsessão pelo Pikachu de Ash. James é nitidamente a transfiguração da gay afeminada Regina George, sempre com falas venenosas e mantendo sua pose, embora tenha um “que” de pisciana.

Em suma, a presença e a representação da comunidade LGBT+ na franquia Pokémon são temas complexos e multifacetados. Embora a abordagem da inclusão varie de personagem para personagem, é inegável o impacto positivo que essas representações têm na diversidade e na visibilidade dessa comunidade.

Ao explorar personagens como Beauty Nova, Grusha, Penny, Sylveon, Blanche e outros, a franquia Pokémon não apenas reflete a diversidade do mundo real, mas também oferece um espaço inclusivo onde todos os treinadores, independentemente de sua identidade de gênero ou sexualidade, podem se sentir representados e celebrados. À medida que a franquia continua a evoluir e se expandir, esperamos ver mais personagens LGBT+ sendo introduzidos e suas histórias sendo contadas de maneiras autênticas e respeitosas. Que Pokémon continue sendo um universo onde todos são bem-vindos e onde a diversidade é celebrada em todas as suas formas.

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Helena Crestan

Helena Crestan

Trans, musicista e graduanda em Jornalismo. Amante de café e apaixonada pela escrita. Uma alma sombria que encontra beleza no macabro e no imperfeito

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