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Checkpoint: Ano Novo traz o sentimento de Renovação

Checkpoint: Ano Novo traz o sentimento de Renovação

Coincidentemente esta coluna, que sai quinzenalmente na terça-feira, calhou de ter uma matéria no último dia do ano. Pensando no que escrever, em como abordar os jogos relacionando com esta data específica, somente uma palavra veio à mente: Renovação.

Renovação é uma das palavras chaves para a virada de um ano, e talvez seja uma das mais importantes para este momento tantos dos jogos quanto dos estúdios de jogos.

A crise da indústria

Uma das maiores reclamações dos jogadores nos últimos anos é a crise recente dos jogos. Não é novidade que diversos jogos AAA recentes foram fracassos de vendas ou simplesmente ficaram bem distante da meta esperada. Entre os motivos para tal está a baixa adesão de jogadores a estes novos jogos, o pretexto que toma conta da opinião pública é: os jogos estão todos iguais, não há nenhuma inovação.

Checkpoint: Ano Novo traz o sentimento de Renovação

A estagnação recente da indústria não é mais “um choro” dos jogadores, ela realmente está acontecendo. A superação deste estado consiste em uma mudança de paradigma, é preciso observar os jogos de outra forma, é preciso arriscar, é necessária uma renovação. O mercado de jogos, para um investidor, é um mercado de risco, não adianta os estúdios quererem diminuir o risco – agradando os acionistas – e deixarem de arriscar em propostas ousadas. Fórmulas de jogos nunca funcionaram na história dos jogos, cópias sempre foram escrachadas como não criativas e acusam a falta de empenho dos estúdios.

O problema está no crescimento dos estúdios, com o aumento do número de acionistas, a pressão por sucesso é acrescida ainda mais, diminuindo assim o espaço para os riscos, para o novo. Em contraste a isto, há os jogos indie, estúdios pequenos que precisam de algo diferente para se destacarem. Fazer o que os gigantes fazem, mas de forma pior e com menos verba não é o que arrebatará um novo público, é preciso pensar fora da caixa, vide Balatro. Os estúdios indie fazem isso com sucesso, eles assumem os riscos, afinal se der errado não foi perdido muito, logo, há espaço para uma aparente maluquice que poderá dar certo de forma estrondosa.

O ponto principal é que a renovação necessária não é uma necessidade da indústria como um todo, ela está principalmente relacionada à parte rica e “bem sucedida” desta, os grandes estúdios.

Nomes aos bois

Como não faz sentindo falar sem especificamente citar os casos nominalmente, aqui serão expostos os casos que precisam de uma intervenção a curto prazo.

A primeira empresa que precisa de uma renovação urgente é a Ubisoft, a maior empresa do segundo maior mercado de jogos da Europa, o francês, não pode passar por um ostracismo de quase 2 anos. Os últimos cinco jogos do estúdio são muito abaixo do que historicamente já foi apresentado. Um exemplo que faço recorrentemente é este: em conversas sobre jogos, chegue a um grupo de amigos gamers – aqueles realmente engajados – e pergunte a eles se já jogaram, viram vídeos de gameplay ou mesmo comentários sobre Avatar: Frontiers of Pandora. A resposta provável será: “não lembrava que ele existia” ou mesmo “nunca ouvi falar desse jogo”.

Checkpoint: Ano Novo traz o sentimento de Renovação

A Ubisoft ter um jogo neste patamar não tem sentido para o tamanho do estúdio. Outros erros recentes contam com o Star Wars: Outlaws, que apesar de não ser ruim está bem abaixo do que o estúdio pode produzir. A Ubisoft é grande demais e por isso será absurdamente cobrada, o ponto é que ela precisa entregar mais, até por que já o fez no passado. Assassin’s Creed Shadows será a próxima cartada, desta vez não há margem para erro, o novo jogo da franquia AC precisa ser um sucesso. O esperado pelos jogadores é algum nível de renovação.

A segunda empresa que precisa rever seu caminho de produção de jogos é a Sony. Apesar de seu mais recente jogo ter ganho o GOTY, os últimos jogos estão longe de realmente serem grandes produtos para o mercado de jogos. Antes de Astro Bot o último GOTY que a empresa ganhou foi TLOU, sendo que nos outros anos ela mal conseguiu competir pelo título com seus diversos jogos de Spider-Man.

Checkpoint: Ano Novo traz o sentimento de Renovação

O público sente falta dos grandes jogos que a Sony sempre entregou aos seus consumidores. E mesmo que 2025 tenha o GTA VI como produto, ele está mais ligado à Rockstar do que a Sony. A cara do Sony não entra em destaque há tempos, isto precisa mudar. E para piorar, em 2024 foi o ano que a Xbox mais cresceu nos últimos anos, principalmente com o discurso de que “tudo que roda o game pass é um Xbox”. A empresa está se tornando mais a uma prestadora de serviço por assinatura do que uma competidora para a venda de consoles. A nova posição da Xbox favorece a Sony no mercado de venda dos consoles, mas a prejudicará muito nos serviços e jogos oferecidos. É preciso renovação.

Renovação

Por fim, quero me despedir desta matéria também me despedindo deste ano. Diversos jogos incríveis foram lançados (outros vexames também), porém diversos estúdios e serviços ascenderam, o que favorece a nós, os consumidores. Apesar da indústria precisar urgentemente de renovações, ainda há novidades e estúdios que sempre entregam mais do que o esperado. Como lado bom, a maioria dos estúdios que está em um caminho complicado conhece o problema iminente e tem noção de como sair, basta saber se serão capazes.

Espero que o próximo ano seja ainda melhor que este, tanto para os estúdios, desenvolvedores, quanto para os jogos e para os jogadores. Novos jogos incríveis estão programados para encantar o mundo em 2025, por isso há, além do sentimento de renovação, a ansiedade do novo, do que está por vir. 2025 promete muito e tomara que seja incrível.

Feliz ano novo, até ano que vem com mais matérias da coluna Checkpoint.

Para acompanhar as matérias da coluna Checkpoint, clique aqui.

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