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Checkpoint: Borderlands 2 e a criação de um dos melhores vilões

Checkpoint é uma coluna quinzenal que analisa diferentes franquias do universo dos jogos. A franquia examinada da quinzena com seus quatro jogos será Borderlands.

Borderlands 2 é desenvolvido pela Gearbox Software e é, obviamente, o sucessor de Borderlands. A segunda obra definitivamente ganhou mais fama que a primeira. Este talvez seja o maior título da franquia de Borderlands, o jogo conquistou milhões de fãs e teve um número gigantesco de cópias vendidas.

A dependência de Borderlands 2

Ao contrário de outras sequências de jogos que fazem referências pontuais às histórias passadas, Borderlands 2 embasa boa parte de seu enredo no jogo anterior. Isto traz tanto pontos positivos quanto negativos. Os pontos positivos estão na possibilidade de se criar uma história mais profunda, desenvolvendo e detalhando cada personagem, enriquecendo o enredo e o universo do jogo. Pelo lado negativo, os jogadores que não jogaram o primeiro título terão certa dificuldade de entender boa parte da história, pois apesar de apresentar uma sequenciamento com início, meio e fim, o jogo necessita demasiadamente de uma base presente no primeiro jogo. Desta forma é possível dizer que a obra extrapola os limites de sua proposta e se confunde, em alguns momentos, com um apêndice do primeiro jogo.

Um ponto que demonstra a dependência do jogo é o fato de que quase todos os personagens jogáveis do primeiro jogo se tornaram npcs no segundo. Logo, saber o passado e a vivência que estes tiveram é fundamental, é quase “necessário” jogar o primeiro jogo para uma verdadeira imersão na história. Aliás, esta já é uma jogada de gênio do game design, ao fazer isso a obra ganha 4 personagens extremamente profundos sem precisar fazer uma construção por menor deles.

Há também uma diferença em relação à abordagem. Borderlands é um jogo exploratório, um novo planeta está sendo apresentado e conhecê-lo é a parte principal. Em Borderlands 2 este ambiente já é conhecido, agora é necessário aprofundá-lo. Para isso é adicionado uma gama espetacular de biomas e faunas que tornam este mundo bem mais complexo do que parece em um primeiro momento. Os diferentes espaços apresentam uma Pandora até então desconhecida.

Handsome Jack

Definitivamente um dos melhores vilões já criados é Handsome Jack. O personagem é um dos mais carismáticos possíveis e sua construção é fenomenal. O mais impressionante é a forma como esta construção foi feita. A abordagem que foi optada abriu bastante espaço para problemas, mas todos foram contornados.

Handsome Jack é apresentado como vilão logo no começo da obra. Desde os momentos iniciais era sabido que ele era a grande problemática que deveria ser enfrentada no final. Isto abriu espaço para uma construção detalhada e minuciosa do personagem, em diversas missões principais ele se intromete nos planos e tenta atrapalhar e matar o jogador. Ele também dá as caras em diversas missões secundárias. Ele é cômico e ao mesmo tempo um sociopata, é um personagem adorado pelas suas características que o tornam um exímio vilão. Esta abordagem poderia ser problemática já que se não fosse muito bem construído e constantemente lembrado da existência de Handsome Jack, este perderia seu papel como grande antagonista. Felizmente, isto não ocorre, Jack sempre é o centro das atenções, o que o torna o vilão ideal.

Compre um jogo e leve cinco

A franquia borderlands se destaca por suas DLCs incríveis que por muitas vezes não somente aumentam o escopo do jogo como o extrapolam. Este é o caso das quatro dlcs de Borderlands 2.

A primeira dlc, Capitã Scarlett, permite ao jogador vivenciar uma história no deserto e ser um capitão de um navio que “navega” na areia. Um ambiente completamente novo é exposto junto a novos inimigos. A história é linear e um tanto previsível, o que torna a dlc, frente às outras, uma das piores.

A segunda dlc, Mr. Torgue’s, apresenta bastante referências ao primeiro jogo. A proposta de uma arena de batalha lembra bastante a Arena da Moxxi do primeiro título. Outra referência está na própria construção da dlc que referencia o “estilo” da dlcs do primeiro jogo, com uma história focada em uma das empresas fornecedoras de armas para Pandora.

A terceira dlc é Sir Hammerlock’s Big Game Hunt, onde há dois núcleos de história. O primeiro focado na luta contra monstros gigantes e outro focado na nave caída da Hyperion do professor Nakamura. Esta divisão de propostas por vezes atrapalha o andamento da dlcs tornando tudo mais ou menos. Acaba que o próprio final da dlc é tosco, algo que realmente combina com o vilão desta.

A última e melhor dlc é Tiny Tina’s Assault on Dragon Keep, onde a personagem Tina, uma garota psicopata de 13 anos, narra uma história de RPG. Sim, a dlc é uma história de RPG dentro de um RPG. Os elementos medievais são trazidos à tona junto com a loucura de uma narradora que invoca um dragão a bel prazer para matar os jogadores. O final inesperado é um tanto tocante. A DLC é tão boa que anos depois foi lançada como um jogo à parte pela Gearbox Software.

Borderlands 2 é desenvolvido pela Gearbox Software, para saber onde está disponível o jogo ou comprar produtos da obra basta acessar o site deles clicando aqui. Para acompanhar as matérias da coluna Checkpoint, clique aqui.

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