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Checkpoint: o futuro dos jogos indie

Checkpoint é uma coluna quinzenal onde são debatidos aspectos relevantes dos jogos. Esta quinzena temos o debate sobre o futuro dos jogos indie e até onde eles podem chegar.

Pensando em que escrever sobre os jogos para a matéria semanal da coluna Checkpoint, decidi me ater a algo simples. Logo, decidi debater sobre os jogos indie, um tema adorado pela comunidade e que engaja cada vez mais novos desenvolvedores e estúdios a surgirem.

Os jogos Indie são uma realidade consolidada no universo atual dos games. Negar sua relevância é negar a evolução da indústria dos jogos como um todo. Pensando em como abordar os jogos indie, resolvi falar sobre o futuro deles e até onde podem chegar.

Crescente mercado

O mercado de jogos é o maior entre os mercados de entretenimento do mundo. Isto não é de agora, há muitos anos que ele supera o mercado de cinema e música juntos. Os últimos dados vêm de 2023, onde o mercado de jogos contou com um faturamento superior a 188 bilhões de dólares, enquanto cinema ficou por volta dos 77 bilhões, mesmo com grandes lançamentos como: Barbie, Oppenheimer e Super Mario Bros.

O crescimento deste mercado é acompanhado pelo crescimento da quantidade de jogos disponíveis. Recentemente a Valve divulgou dados de 2024 acerca da quantidade de jogos lançados. Foram mais de 19000 jogos disponibilizados via a plataforma e o número superou em mais de 4000 o ano de 2023. Obviamente grande parte desses jogos são indie, e muitos não fizeram o sucesso esperado. Porém, é possível perceber que foram os jogos indie que avançaram estes números para novos patamares.

Inovação e relevância

O ponto dos jogos indie como elemento fomentador de inovação é o fator de risco que é assumido. Estúdios indie são empresas modestas que possuem poucos recursos. Fazer o mesmo que os grandes estúdios só que com uma verba menor é a receita do fracasso. O que sobra é a inovação: é através dela que as empresas conseguem destaque, quando um game design “fora da caixa” é desenvolvido.

Algumas dessas empresas acertam e acertam demais. Um exemplo recente é Balatro, que neste mês atingiu a marca de 5 milhões de cópias vendidas. Entre os maiores sucessos, temos Stardew Valley, jogo de 2016 que é atualizado até hoje, sendo que no último ano atingiu a marca de 41 milhões de cópias vendidas. Além disso, há tanto outros que fizeram sucessos estrondosos que superam diversos jogos AAA de grandes empresas, entre eles há títulos como: Hades, Disco Elysium, Sea of Stars, Undertale, Celeste, etc.

Diversos desses jogos conseguiram sua posição mostrando grande habilidade em contar histórias e apresentar uma jogabilidade diferenciada. Através deles foi possível perceber que bons jogos podem sair de orçamentos minúsculos. Eles pavimentaram o caminho para novos desenvolvedores e estúdios seguirem o rumo de empurrar os limites da indústria.

Acredito que este seja o futuro dos jogos indies: eles mostrarão para as grandes empresas que orçamentos astronômicos não são o suficiente para um bom jogo. Sem assumir o risco e sair da zona de conforto de um game design de aventura em modo campanha com um sistema de RPG mixuruca, não será possível continuar a inovar, surpreender, conseguir fãs e ter lucro. A longevidade da empresa neste mercado depende mais do que o dinheiro dos acionistas, depende do consumidor, que há tempos está de saco cheio das grades empresas e de seus produtos fornecidos ao público.

Para acompanhar as matérias da coluna Checkpoint, clique aqui.

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