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Musicais: A forte rejeição e a tentativa de fazer dar certo

Dos palcos às telonas, os musicais criam seu espaço em uma representação ímpar na história do audiovisual. Uma nova fase totalmente diferenciada é inaugurada, assim, nas grandes calçadas de Hollywood, marcando o que viria a ser conhecido como a Era de Ouro dos Musicais – o que não se esperava era que tal período daria palco a uma medalha de participação totalmente insignificante.

Responsável por receber diversas premiações, incluindo o então peladão dourado (Oscar), variadas produções desse gênero trazem consigo fortes classificações e boas colocações na academia. Com pontuações consideráveis no Rotten Tomatoes, filmes como A Bela e a Fera (2017), Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo (2018), entre inúmeros outros são capazes de mostrar sua capacidade de acerto com algumas cantorias bem-posicionadas.

Existem acertos em 2025?

Seja esse fator um ato isolado ou proposital, pensar nas produções expostas no ano de 2025 é pensar em uma margem de erros e acertos que beira o exagero. Cantorias desconexas, timing totalmente equivocado, histórias supérfluas e que não se sustentam por si mesmas levantam uma nuvem de caos e decepção, o que revela que a era é, na verdade, A Era de Latão e que assim como o Coringa, você também deseja que a Lady Gaga apenas pare – Sério, por favor, só para Gaga.

Mas calma! Mesmo com nomes que são capazes de causar desesperança, produções como La La Land (2016) e Wicked (2024) mostram seu potencial em meio a um público difícil, reflexo das constantes decepções de bilheteria, que tornam o novo sinônimo de deselegância e vergonha. Contornando uma régua já inalcançável de excelência, entender o que há de bom em certas produções compreende uma percepção ímpar do que ainda é possível resgatar na indústria, tendo em alguns exemplos o reconhecimento da própria academia, e em outros, a forte rejeição dos musicais e a tentativa de fazer dar certo.

Mágica ou expertise: O que há em Wicked?

Conquistando os prêmios de melhor direção de arte e melhor figurino pelo Oscar 2025, Wicked demonstra o potencial de uma boa produção. Assim, mesmo ganhando somente duas das dez indicações as quais foi submetido, surpreende ao fazer história com representações dos clássicos musicais e com seu figurinista, Paul Tazewell, que se torna o primeiro homem negro a conquistar o prêmio na categoria. Com a capacidade de representar uma minoria em sua colocação, traz consigo elementos conclusivos, o que contribui para dar mais peso aos prêmios.

Contando com a direção de Jon M. Chu, a cartela de estatuetas não termina aí. Impressionantemente, sua colocação advém de outra gama de conquistas, assim, atribuindo ao nome do musical prêmios no Critics Choice Awards, Bafta Film Awards e Art Directors Guild Awards nesta mesma colocação. Isto revela, portanto, uma contribuição ímpar a nova perspectiva de Elphaba e a história do Oscar por si só.

Emília Perez: Aqui está uma representação clara do que não fazer em um musical e outros exemplos

Tratar um musical como se este não pertencesse ao gênero é, de certa forma, esconder aquilo que realmente representa o filme no intuito de não “espantar” possíveis espectadores devido sua natureza. Emília Perez peca ao divulgar sua obra, mas mostra que tal atitude é o de menos quando se refere aos erros que são cometidos.

Com cenas consideradas pecaminosas, sua diferenciação de Coringa: Delírio a Dois está principalmente na falta de bom senso ao enquadrar cenas de cantoria. Colocar vítima e culpado em um único ato como se harmonizassem é, sem dúvidas, afrontar diversos aspectos morais e éticos, demonstrando que seus erros ultrapassam a má colocação de cenas musicais.

Contrapondo o gosto popular, sua classificação em premiações surpreende, agregando ao pacote a estatueta do Oscar em canção original por El Mal e atriz coadjuvante pela atuação de Zoe Saldanã. Todavia, Coringa não tem a mesma sorte, tendo em sua bagagem sete indicações à framboesa de ouro, ganhando pior dupla e pior sequência. Outros exemplos permeiam a temática, valendo menções honrosas para Back to Black e Wonka, que não sustentam com esplendor aquilo que propõe.

Musicais: realmente existe esta forte rejeição?

Seja uma era de latão ou ouro, compreender que ainda há esperança é entender a importância dos musicais para a história hollywoodiana. Observar aspectos negativos e positivos é ponderar sua elaboração de maneira diferenciada, entendendo que mesmo em obras como Emília Perez, a percepção de sua premissa única aborda uma temática pouco vista, que traz um olhar imparcial para os acertos que possibilitam sua diferenciação.

Não há, portanto, uma real rejeição ao gênero em si, mas a maneira como sua introdução impacta no aspecto geral da obra. Seja bem introduzida, como nos casos de Wicked, ou mal encaixadas, como em Coringa, sua importância é nítida e revela essencialidades para uma marca atemporal da Era de Ouro dos musicais.

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