M. Night Shyamalan apresenta uma visão inusitada para Armadilha: um filme de perseguição pela perspectiva de um serial killer. Estreando dia 8 de agosto, o 16⁰ longa do diretor contará a história de Cooper (Josh Hartnett) um pai levando sua filha, Riley (Ariel Donoghue) em um show, mas chegando lá, percebe que o local está com um número incomum de policiais. Ao perguntar sobre, descobre que o show (cuja cantora será interpretada por Saleka Shyamalan, filha do diretor) é uma emboscada para capturar o “Açougueiro”.
Eis que o trailer já nos revela que Cooper é justamente quem está sendo perseguido, e enfrentará dificuldades para manter sua vida dupla, tentando manter as aparências para sua filha e procurando um jeito de fugir da polícia. Quem seria a melhor pessoa para apresentar um plot twist já no trailer, se não o próprio Shyamalan?
O trailer já apresenta uma amostra da tensão que será construída em um espaço limitado, já que o thriller parece se passar inteiro dentro do estádio lotado e a necessidade de fugir dele, em uma atmosfera Escape Room. Essa característica lembra os seus últimos filmes, principalmente Tempo (2021) que se passa inteiro em uma praia que acelera o envelhecimento, e vão fugir dela, e Batem à Porta, sendo gravado quase completamente em uma casa de aluguel, com um casal sendo aprisionado para decidir o futuro da humanidade.
Shyamalan disse em entrevista que a ideia do filme surgiu após sua filha voltar de turnê, fazendo com que surgisse a vontade de integrar música à narrativa, sem que fosse um musical. Além disso, algumas perguntas já são levantadas para atiçar a curiosidade do telespectador. “Como a polícia sabia que ele estaria no show?”, “Como ele mantém seu disfarce?”, “Ele vai conseguir manter as aparências para sua filha?”, e talvez o principal: “Se ele escapar, como será feito?”
Apesar da premissa diferente, como é costume nos filmes do Shyamalan, essa tem inspiração em um caso real. A Operação Flagship foi feita em 1985, e consistiu na distribuição de ingressos gratuitos para um jogo de SuperBowl feitos por uma emissora de TV fictícia e enviados aos últimos endereços conhecidos de foragidos da justiça. Foram realizadas mais de 100 prisões nessa operação.