O sindicato que representa os atores de Hollywood se juntou aos roteiristas na maior greve do entretenimento americano desde 1960.
“Quando empregadores fazem de Wall Street e da ganância suas prioridades e esquecem dos contribuidores essenciais que fazem a máquina funcionar, nós temos um problema, e estamos vivendo isso neste momento”, afirmou Fran Drescher, que é a presidente do SAG (sigla do sindicato).
A paralisação dos atores tem um impacto gigantesco na indústria, que ainda tenta se recuperar dos anos da pandemia. A paralisação deve impedir que as estrelas promovam alguns dos lançamentos mais aguardados do verão americano, veta a participação em festivais importantes dos próximos meses (Veneza e Toronto), de premiações (Emmy) e eventos culturais, como a Comic-Con de San Diego.
Desde meados dos anos 1960 não se via uma greve com uma aderência tão forte e contundente. Segundo analistas, na última grande greve em Hollywood, quando roteiristas paralisaram as atividades entre o final de 2007 e o começo de 2008, o impacto chegou em cerca de US$ 2 bilhões na economia da Califórnia.
As reivindicações se concentraram em melhores salários e outros benefícios, clareza no pagamento dos “residuais”, feitos toda vez que um filme ou programa que eles estrelaram é exibido em uma emissora, streaming ou na TV a cabo. Além de definir o uso da inteligência artificial na produção de filmes e programas de televisão, garantindo assim que suas imagens digitais não sejam recriadas sem autorização.
Vale lembrar que desde maio os roteiristas estão em greve e, agora com o apoio dos atores, algo que não se via em Hollywood há mais de 60 anos, a paralisação de quase toda a produção cinematográfica e televisiva nos Estados Unidos já é certa.
Foto: Mike Blake/Reuters
Redação Tommo Entretenimento
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