A Bruxa dos Mortos – Baghead é uma distribuído pela Imagem Filmes com direção de Alberto Corredor de uma hora e meia de duração que conta com uma ótima ideia, mas executa da maneira mais pobre possível. A Black teve acesso à cabine a convite da Imagem Filmes para conferir em primeira mão mais uma obra de terror que chega aos cinemas brasileiros. Contudo, será que apenas uma boa ideia faz um filme de terror bom? Siga no conteúdo e descubra!
Baghead – A Bruxa dos Mortos conta com uma premissa extremamente promissora e uma história de levar fãs de terror ao cinema com muita expectativa. No entanto, a expectativa pode ser uma grande inimiga quando a segunda metade da produção rola ladeira abaixo e os personagens parecem não ligar mais para o que faz sentido ou não. De maneira sucinta, A Bruxa dos Mortos é aquela pessoa que compra um carro de rally para andar no centro de São Paulo. Ter uma grande possibilidade nas mãos e usá-la para clichês falhos acaba por ofuscar toda possibilidade de redenção do produto por seus pontos positivos. As opções de roteiro que poderiam trazer tensão e calor para a obra são ofuscadas por decisões óbvias e de pouca inteligência (para perder o decoro) da personagem principal Iris (Freya Allan – sim, a mesma Freya Allan the The Witcher) que tenta entregar alguma emoção dentro de seu papel que muito a prejudica.
Como dito no nosso Overview sobre “Não Abra!”, os personagens principais de filmes de terror como It, Não Abra! e, mais recentemente, O Mal que Nos Habita os personagens precisam agir de forma minimamente racional – de acordo com suas origens e background. Em Baghead (que é uma boa vilã, diga-se de passagem), todos os presentes parecem apenas ligar para os próprios interesses e ignoram toda e qualquer história que possam já ter passado dentro do próprio filme. Ignorar regras básicas, entrar em buracos escuros de onde a entidade vem, passar do tempo limite e tantos outros erros infantis não encaixam com personagens supostamente maduros ou, pelo menos, adultos, que só pioram a situação por puro capricho de roteiro.
Se você é fã de terror, independentemente da qualidade da história o filme ainda vale a pena ser assistido, contudo há ressalvas. A Bruxa dos Mortos – Baghead não vale o seu ingresso de cinema numa tarde de domingo, mas ainda pode ser assistido numa noite com amigos para arrancar algumas risadas, jumpscares (que pessoalmente repudio) e servir de conteúdo “de fundo” para uma reunião entre amigos que gostem do mesmo tema.
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