Besouro Azul finalmente está nos cinemas e pudemos acompanhar uma produção essencialmente latina – com pouca inovação mas de muito bom gosto!
Besouro Azul já chegou aos cinemas brasileiros e, com ele, uma gigantesca onda de novos fãs que, com certeza, irão grudar no herói e em sua família. Tendo estreado no dia 17 de agosto, a equipe do portal foi convidada a assistir a uma sessão exclusiva a convite do Podi app e trouxe em primeira mão um Overview (clique aqui para acessar) contando a experiência. O filme conta com um gigantes elenco latino e uma história feijão com arroz daquelas muito bem temperadas.
Em tempos de “vagas magras” no mundo dos universos cinematográficos de DC e Marvel, Besouro Azul vem como uma nova luz para os amantes do gênero. Como há muito tempo não era visto, o filme nos apresenta uma história de origem bem costurada em um herói que, assim como o Homem Aranha representa para a Marvel, traz aquele “gente como a gente” para combater o mal no melhor estilo Os Trapalhões.
Besouro Azul é um filme que explora não só o lado protagonista daquele com o manto de herói, mas algo inédito: a presença da família. Um grupo de desajustados emocionalmente, que dão uma deliciosa pitada de comédia e surpresa à produção. Além disso, Maria do Bairro é usado pelos próprios familiares do protagonista Jaime (Xolo Maridueña) para descrever sua relação com Jenny Kord (Bruna “maravilhosa” Marquezine), par romântico e sobrinha da vilã Victoria Kord, fazendo de Jaime a “Maria” que encontra sua ricaça fora do bairro onde vive.
Além das características padrão de um filme que tenta buscar uma franquia em ascensão, algo que se destaca (às vezes de forma repetitiva pelo roteiro) é a presença latina nos EUA. A forma com que os americanos tratam latinos e seus descendentes em uma sociedade que beira a tecnologia cyberpunk provoca discussões entre os personagens sobre “onde é o lugar do pobre na sociedade”? Os questionamentos e pequenos detalhes implícitos nos diálogos entre pessoas durante a trama refletem muito bem situações do dia a dia na realidade americana. Em adição a isso, o elenco é composto majoritariamente por atores e atrizes de origem latino-americana, incluindo o diretor porto-riquenho Angel Manuel Soto (Charm City, La Granja e Menudo: Forever Young). Esta pegada aproxima ainda mais o público brasileiro da trama, que se identifica com os personagens à lá Grande Família, brincalhões e unidos acima de tudo.
O roteiro não apresenta nenhuma grande inovação ou criação mirabolante para se destacar. Longe disso, foca em fazer o “feijão com arroz” de uma Jornada do Herói padrão – porém muito bem feita. Afastando-se dos clichês chatos (na maioria das vezes, afinal não dá para fugir completamente) de uma história normal, os “temperos latinos” quebram o padrão americano de filmagem e – acima de tudo – trazem personagens como Jaime e Jenny num papel de heróis que inspiram seus ideais nas pessoas, não seus corpos. Isso mesmo, em nenhum momento do filme é possível identificar uma forte sexualização de ambos os principais protagonistas da trama. As roupas de Bruna e o traje de Xolo não apelam para corpos extraordinários nem há cenas forçadas onde os personagens trocam de roupa na frente das câmeras ou coisa parecida.
Em suma, Besouro Azul é o que há muito o fãs de quadrinhos e heróis/heroínas esperam. Personagens relacionáveis, que se encaixam na realidade de boa parte do público, com um “escalonamento” do relacionamento sem exageros tanto entre si quanto de suas habilidades e muito mais. Tudo isso te espera no mais novo filme da DC! Fique ligado para mais matérias com curiosidades sobre a produção e uma análise especial sobre a participação da Brasileira Marquezine no longa!
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