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Guerra Civil

Ao assistir o mais recente trabalho do diretor Alex Garland (“Ex_Machina: Instinto Artificial”), temos a desesperadora sensação que podemos estar mais próximos do futuro distópico do longa Guerra Civil, que estreia hoje (18) em todos os cinemas do país, do podemos imaginar. 

Em um Estados Unidos, em meio a um conflito terrestre, com o Presidente prestes a ser deposto do cargo mais importante da nação, Kirsten Dunst (“Maria Antonieta”) e Wagner Moura (“Tropa de Elite”) interpretam dois jornalistas da agência de notícias Reuters com o mesmo objetivo: conseguir um furo de reportagem, entrevistando o Presidente acuado. 

Guerra Civil já é um dos melhores filmes do ano. As atuações estão em sintonia e no ritmo certo. Sammy (Stephen Henderson), jornalista do The New York Times e amigo de longa data da dupla, e a jovem Jesse (Cailee Spaeny), que aspira ser uma fotojornalista de guerra se juntam aos protagonistas nesse road movie, que só no primeiro final de semana de estreia nos Estados Unidos arrecadou 25,7 milhões de dólares, liderando a bilheteria do país .

Os horrores da guerra são escancarados diante de nossos olhos, mesmo já acostumados com os noticiários. Polarização, extremismo e fanatismo estão ali. Apesar do filme não falar muita coisa: Como essa guerra começou? De que lado os jornalistas estão? As fotografias são o alicerce do filme? Perguntas que ficam sem resposta. 

Divulgação

Dunst como a fotojornalista e Moura, como o clássico repórter machão, com cigarro na boca e aquele olhar sexy roubam a cena o tempo todo. Com um química explosiva, os dois atores conseguiram trazer o melhor de suas atuações. Para capturar as atrocidades no país devastado pela guerra, o diretor usa todos os elementos possíveis para não desgrudarmos da cadeira.  

Com pouco tempo de tela, mais o suficiente para preencher com todo seu talento, Jesse Plemons é sem dúvidas um dos melhores atores de sua geração. Diversas cenas do filme ainda não saíram da minha cabeça. São poucos os longas que conseguem isso.

Talvez Guerra Civil fique datado logo, talvez se torne um cult road movie, talvez ele se perca em grandes estreias ao longo do ano, mais uma coisa é certa: Wagner Moura começa uma nova etapa de sua já brilhante carreira. NOTA: 4.0/5.0

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