Não se assuste pessoa. Se eu lhe disser que a vida é boa. E a vida foi boa, ao menos conosco, que nos deu de presente Gal Costa. A história da maior voz do Brasil chega aos cinemas nesta quinta-feira (12), numa cinebiografia bonita, poética e, quando é preciso ser, emocionante.
O longa dirigido por Dandara Ferreira e Lô Politi é uma bela homenagem à cantora que nos deixou no ano passado (2022). Um preciso recorte de sua chegada ao Rio de Janeiro em 1966, ainda uma flor que não desabrochou, até chegar em seu histórico show, em 1971, quando ela apresentou o Fa-tal – Gal a Todo Vapor.
Sempre reservada, Gal Costa colecionou sucessos ao longa de sua brilhante carreira, marcada claro, por muita música, amores – quase sempre secretos – e algumas polêmicas, naturais de uma grande diva.
O filme mostra como Maria da Graça Costa Penna Burgos, a Gracinha, se tornou uma potência chamada Gal Costa. Na pele da cantora, a atriz Sophie Charlotte brilha em todas as cenas. Seu olhar hipnotiza a plateia. Sua performance mais que convence. Ela é Gal. Com todos os méritos que merece.
Vale um destaque também para toda Tropicália do elenco. Os coadjuvantes – por assim dizer – estão primorosos. Rodrigo Lélis que interpreta Caetano Veloso, Dan Ferreira que vive Gilberto Gil e George Sauma que vive Waly Salomão, são puro talento.
Poderia e deveria ter um tempo maior. Alguns momentos passam rápido demais. Isso não tira o brilho do filme, mas fica uma sensação de que faltou algo. Se tiver mais material deveria virar microssérie na Globoplay.
Meu Nome é Gal é uma cinebiografia que respeita o espectador e a memória da artista. O que nesses casos é fundamental. O filme é uma homenagem a quem ama música nacional.
Nem mesmo os tempos sombrios de ditadura retratados, fazem o longa perder o brilho, pelo contrário, é o combustível de uma turma talentosa, posicionada e que sabiam o Brasil que queriam e lutavam. É preciso estar atento e forte. Não temos tempo de temer a morte. NOTA: 4/5
Redação Tommo Entretenimento
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