Estrelado por Giulia Benite e Vitor Figueiredo, a comédia romântica “Morando com o Crush” estreia nos cinemas em 23 de março. A trama gira em torno Luana e Hugo, colegas de turma que são apaixonados um pelo outro, e logo quando começam a engatar num romance, descobrem que o pai de Luana, Fábio (Marcos Pasquim) e a mãe de Hugo, Antônia (Carina Sacchelli), estão não só namorando, mas também planejam morar juntos.
O filme tem direção de Hsu Chien Hsin e roteiro assinado por Sylvio Gonçalves. O elenco também conta com Ed Gama como o faz-tudo Cledir, Júlia Olliver como a vizinha intrometida Patrícia e Juliana Alves como Karina, diretora da escola e mãe de Patrícia.
O roteiro e os diálogos são fracos e não convencem. A história acaba sendo muito apressada, já de início o filme não desenvolve nenhuma das principais relações, nem de Luana com o pai, nem de Hugo com a mãe e muito menos de Fábio com Antônia. Logo em seguida o roteiro já joga os quatro para morarem juntos.
Outro ponto fraco da história é a introdução de diversas sub-tramas que acabam não sendo bem trabalhadas, como o fato de Luana estar confusa sobre a carreira que quer seguir, o interesse repentino da vizinha Patrícia na relação de Luana e Hugo, e por fim, a farsa de que Luana e Hugo são irmãos gêmeos, essa sendo talvez a única trama que se desenvolve.
O filme deixa tudo na superfície e não se aprofunda em nada, nem mesmo nos problemas de convivência de Fábio e Antônia, ou na tentativa de Luana e Hugo de esconderem o namoro dos pais e dos amigos. Todos esses fatores fazem com que seja difícil entrar de cabeça na história e de fato se interessar pelo que está acontecendo na tela.
Quando falamos de filmes voltados para crianças e pré-adolescentes é normal esperarmos uma produção mais simples e menos aprofundada, mas o longa subestima o entendimento do seu público e entrega pouco.
“Morando com o Crush” tinha bastante potencial para ser uma boa comédia romântica voltada para o público infanto-juvenil, mas infelizmente a trama não consegue cativar. Para os adultos, o filme desperta pouquíssimo interesse, já crianças e pré-adolescentes talvez consigam se envolver um pouco mais na narrativa.
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