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Duna 2, o deserto encontra seu ritmo

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Depois de uma introdução meticulosamente detalhada em 2021, Denis Villeneuve retorna com uma sequência de potência extraordinária. Duna Parte 2 traz novos pontos de vista e apresenta formidáveis adversários à busca por vingança de Paul Atreides. Em paralelo, o longa exibe de forma singular a força do deserto enquanto expande os detalhes geopolíticos do universo sem torná-los o foco da narrativa.

Como já era esperado, Timothée Chalamet e Zendaya protagonizam um romance de dar inveja. Na trama, o casal enfrenta diversas provações em um cenário onde sobreviver é o primeiro passo no caminho para alcançar seus objetivos. Infelizmente, acompanhamos pouquíssimo do desenvolvimento desse romance, que escalona de forma súbita e não convence em princípio, mas eventualmente conquista o espectador. Como Chani, uma Fremen casca-grossa com problemas de confiança, Zendaya ganha mais tempo de tela e apresenta uma personagem que toca o público com sua simplicidade.

Trazendo um show à parte, Rebecca Ferguson recebe os holofotes no papel de Jessica Atreides – que finalmente se mostra como muito mais que somente a mãe de Paul. Além dela, Florence Pugh e Austin Butler estrearam muito bem com os personagens Irulan Corrino e Feyd-Rautha, dois novos oponentes de Paul. Infelizmente, o cruel Feyd-Rautha é pouco aproveitado no longa, que também não convence ao tentar demonstrar sua vilania.

Duna e o Poder do Deserto

Se no primeiro filme já era difícil falar da franquia sem citar o deserto, em Duna 2 Greig Fraser capturou todo o seu poder com maestria. A fotografia do longa vai muito além de ser bonita: ela atravessa o espectador como uma tempestade de areia. Com escolhas impecáveis de coloração, o australiano dá força ao enredo e leva o público em uma viagem de tirar o fôlego por Arrakis e sua cultura riquíssima.

Duna 2

Além disso, é impossível não citar o som em Duna 2. Tanto a trilha sonora original, que novamente traz o mestre Hans Zimmer, quanto a impecável mixagem de som se destacam ao impor o tom da obra e tornam o longa um forte candidato de indicações ao Oscar. Vale ressaltar aqui, que o trabalho excepcional dedicado a essa face de Duna torna assistir o longa em salas IMAX uma experiência única.

Semelhantemente ao primeiro filme, a continuação da história de Paul começa arrastada e um pouco morna. Apesar de ainda fascinantes, os primeiros minutos no cinema dão a sensação de que o espectador terá longas quase três horas pela frente. Entretanto, com um salto no tempo, a narrativa embala cenas de ação, revelações surpreendentes e momentos de tensão, trazendo um ritmo interessante.

Duna 2

Assim, Duna 2 corrige quase que de imediato a principal falha de seu predecessor, mas peca em arrematar a trama de forma apressada. Com uma nova etapa se iniciando, o longa termina abruptamente com mais perguntas que respostas e nos faz novamente esperar por sua continuação.

Em conclusão, a obra ainda possui falhas, mas é uma sequência mais que digna, que aprendeu com seu predecessor e eleva o nível da trilogia – e, consequentemente, as expectativas para o seu desfecho. Duna Parte 2 é, definitivamente, um dos lançamentos imperdíveis de 2024 e uma grande promessa para a próxima temporada de premiações. O filme estreia amanhã (29/02) nos cinemas brasileiros e promete conquistar o público, assim como fez com a crítica.

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Ana Dapper

Ana Dapper

Graduanda de Teatro pela PUCPR, apaixonada por cultura pop e criadora de conteúdo de games.

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