O tão aguardado É Assim que Acaba, adaptação do livro homônimo de Colleen Hoover, chega aos cinemas amanhã. E a convite da Sony Pictures, já fomos conferir.
Na trama acompanhamos a vida de Lily Bloom, uma mulher com seus 25 anos. Após crescer em um lar onde a violência doméstica era uma constante, muda-se para Boston para iniciar uma nova vida e abrir sua sonhada floricultura. Ali, conhece Ryle Kincaid, um neurocirurgião que desde o primeiro momento mexe com suas emoções. O que também acontece com ele e, embora ambos queiram se evitar, seus caminhos voltarem a se cruzar e um inevitável romance tem início.
Tudo parece perfeito até o acaso colocar Lily frente a frente com Atlas, seu primeiro amor, amigo e companheiro de uma época difícil para ambos. Mas tal encontro traz à tona tudo o que ela não podia imaginar: um lado violento. A partir daí, Lily se vê em diversas situações onde é agredida, perdoa, tenta encontrar justificativas… até chegar ao ponto em que uma decisão precisa ser tomada.
É MESMO UM BOM FILME?
A proposta da narrativa é excelente; algo atemporal, relevante e necessário. Mais que um romance, É Assim que Acaba pretende ser um alerta para a violência doméstica, para a necessidade de uma rede de apoio às vítimas; um meio que essas consigam aceitar sua situação sem medo, vergonha e consigam buscar ajuda.
Não apenas baseada nas histórias de tantas mulheres, a obra tem como inspiração acontecimentos da infância da própria Coolleen Hoover e sua mãe. Isso a tornaria ainda mais relevante .
Porém, o que tem tudo para ser algo extremamente importante e alcançar diversos públicos, não agradará tanto quem não é verdadeiramente fã de romances, pois deixa a desejar ao entregar personagens sem carisma, um desenvolvimento lento, clichê em diversos momentos e consequentemente, cansativo. Além das atuações se manterem num nível mediano.
Ainda assim, fãs de histórias de romance e principalmente da autora, podem ser agradados com o resultado.
FILME vs LIVRO
E falando nos fãs do livro, esses não ficarão desapontados no quesito adaptação. Nós, leitores, sabemos como é difícil que uma adaptação cinematográfica entregue o que encontramos nas páginas, porém, no geral, É Assim que Acaba conseguiu levar às telas toda a essência do livro. Até mesmo falas do livro estão ali. Mas também o excesso de momentos clichês, bem como a lentidão no desenvolvimento, é algo que também foi das páginas, para a tela.
O filme peca, é ao minimizar acontecimentos entre Lily e Ryle. Momentos de violência e tensão, que no livro nos geram sentimentos de revolta e tristeza ao nos inserir em todo o contexto da situação, no filme geram um impacto muito menor, até mesmo reduzindo o peso de cada ato de Ryle. Além de fazer com que quem não leu o livro, não consiga compreender o contexto exato por trás de determinados acontecimentos.
Em suma, É Assim que Acaba entrega um bom resultado aos já fãs da obra, no que diz respeito a adaptações de livros. Porém, seu enredo fraco, lento e clichê, não agradará a todos os cinéfilos.
Com direção de Justin Baldoni e roteiro de Christy Hall, o longa traz Blake Lively, Justin Baldoni e Brandon Sklenar nos papeis principais. Os ingressos já podem ser adquiridos no ingresso.com.
Respostas de 2
Fiquei muito animada quando soube que iriam lançar essa adaptação, apesar de toda crítica negativa que a autora sofre pelo os conteúdos polêmicos que escreve, a forma que ela descreve, ela consegue passar uma mensagem importante nos seus livros e o livro “É assim que acaba” não fica de fora, mas assistir o filme sem ter lido é um erro, pois infelizmente a adaptação deixou muito a desejar na mensagem que é importante a ser passada para mulheres que sofrem violência doméstica, então leiam o livro antes!!!
Eu ainda não assisti a adaptação e estava bem animada para assistir, porém, bem temerosa, como todo leitor que aguarda uma produção. Meu medo era justamente esse, não entregar a carga emocional necessária para essa trama. O livro nos mostra o quanto é difícil e complexo se livrar das garras de um relacionamento abusivo. Então eu esperava isso no longa. Apos ler a critica, já vou me preparar psicologicamente para o “nao gostar”.