“Vou ver Guerra Civil pelo Plot”. O Plot: Wagner Moura representando o Brasil nas telonas internacionais. Brincadeiras a parte, Guerra Civil conta de forma emocionante e num futuro distópico( mas nem tanto assim) a história de uma equipe de jornalistas de guerra. Eles decidem embarcar numa jornada pelos Estados Unidos, para documentar e registrar a situação caótica que o país se encontra e pegar uma declaração do presidente. Entretanto, eles também terão que lutar pelas próprias vidas nesta viagem perigosa.
Além do Wagner Moura no papel de um jornalista carismático e com aquele jeitinho brasileiro, o filme conta com um elenco de peso: Kirsten Dunst( Homem Aranha), Jesse Plemons(Breaking Bad), Cailee Spaeny(Pacific Rim Uprising), Nick Offerman(The Last of Us), Stephen Henderson( Duna: Parte 1), Sonoya Mizuno(La La Land) e entre outros.
Com cenas intensas e de tirarem o fôlego, Guerra Civil consegue impactar e deixar o espectador agoniado com situações desesperadoras e que beiram o absurdo, mas que infelizmente não são impossíveis de acontecerem. O filme proporcionou os meios necessários para criar a experiência mais imersiva possível para o público. A sensação era de que realmente estávamos vivenciando junto com os jornalistas todos os horrores e atrocidades daquela guerra. E é interessante que o longa foge totalmente da visão romantizada da guerra que muitos filmes costumam apresentar.
Também é apresentada a triste realidade do que é ser um jornalista de guerra: ter que demonstrar frieza diante de situações bárbaras e tudo que pode fazer é documentar para os outros criticarem. O filme não teve dó e pesou a mão propositalmente nas imagens fortes, que deixavam o espectador agoniado e tenso, o levando a pensar em como aqueles jornalistas aguentavam estar tão perto, mas não podiam intervir. Isso foi um dos pontos cruciais para deixar as cenas mais intensas e até difíceis de asssistir: estar presente, e não poder fazer nada. A impressão que passa é que o longa realmente quer mostrar algo, impactar, causar um efeito no público, para fazer com o que cada pessoa que assista reflita sobre.
Kirsten Dunst entregou o que prometeu e mais. Ela entrou totalmente na personagem Lee Smith, uma fotojornalista de guerra, e conseguiu demonstrar toda a frieza e seriedade da protagonista. A atriz também expressou muito bem a transição de Lee para uma pessoa mais sensível e horrorizada. Foi possível ver como ela se tornava uma pessoa diferente em cada situação. Claro que Wagner Moura também merece ser destacado. O ator expressou muito bem o jeitinho do Joel: um jornalista malandro, carismático, divertido e até meio maluquinho. Apesar do personagem não ser brasileiro ou latino, para Wagner, ele é.
O filme em si é rico visualmente e bem bonito. É bem clara a preocupação com os detalhes e em como o longa iria entregá-los. Ele utiliza imagens fortes e impactantes propositalmente para chocar. Arriscaria dizer que o maior foco do filme é a parte visual. As cenas de guerra foram ao mesmo tempo surpreendentes e bonitas de assistir, porém agoniantes e desesperadoras, porque elas realmente parecem se aproximar muito da realidade.
Uma questão que o filme pecou foi no desenvolvimento da motivação da guerra. O longa não explica muito bem qual é o propósito daquela guerra, o porquê dela acontecer e nem há quanto tempo ela dura. Por mais que o foco do filme seja mostrar a jornada perigosa e brutal dos jornalistas, era importante o filme ter contextualizado melhor o cenário que os personagens estavam inseridos, para poder entender o propósito e a motivação de toda aquela situação caótica.
Apesar de não ter ficado tão claro o estopim da guerra, o filme é bem interessante. Com imagens fortes e ricas em detalhes, Guerra Civil cria uma experiência imersiva e deixa o espectador tenso e nervoso com as situações caóticas que os jornalistas têm que enfrentar. O longa ainda está em cartaz. Acesse o Ingresso.com e garanta seu ingresso.
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