Gran Turismo estreia dia 24 nos cinemas. Nós já assistimos à produção da Sony e viemos contar se vale ou não a pena assistir
Com estreia programada para o dia 24 de agosto de 2023, Gran Turismo: De Jogador a Corredor é um filme de qualidade imprescindível que engloba todos os tipos de fãs; cinema, corridas, games e do David Harbour. Inspirado na vida de Jann Mardenborough, o filme conta como um gamer teve a possibilidade de se tornar piloto profissional de GT ao participar de uma competição inusitada promovida pela Nissan.
Para evitar spoilers, o texto terá como foco a criatividade narrativa e qualidade técnica da produção, analisando pontos positivos e negativos. Vale lembrar que a equipe de redação da Black Company foi convidada pelo Podi App a assistir na sala de cinema do IMAX do Shopping Palladium em Curitiba, o que deixou a experiência ainda mais completa!
Gran Turismo, o jogo
Se você ainda não conhece o grande simulador de corridas, primeiro dê uma olhada na nossa matéria sobre o tema! Lá você encontra uma cronologia dos jogos desde 1997 até a versão mais nova de 2022 – você pode acessar a matéria clicando aqui –. Agora que já está na mesma página sobre o que é o jogo, aqui vão algumas relações muito legais que são feitas dentro do filme.
Já no começo é possível perceber o nível de detalhismo do game, pois cenas dele são utilizadas na telona para ilustrar a participação dos carros e alguns dos demais detalhes que aparecerão mais tarde. A representações gráficas na tela também remetem a jogos de corrida num geral (não necessária/especificamente ao Gran Turismo), mas lembram o espectador de que aquilo tudo só aconteceu por conta de um videogame.
Além das representações escritas e animações na tela, alguns ângulos de câmera e comportamento dos veículos em cena também lembram muito aos gamers oldschool a sensação de estar jogando jogos de antigamente. A representação do game evolui com a passagem da produção e também com o amadurecimento de Jann durante seu treinamento como piloto, chegando ao traçado gráfico do Gran Turismo atual.
Quanto ao CGI
Ah… o bom e velho, amado e odiado, renegado e protagonizado CGI. Gran Turismo traz uma expressão nada menos do que artística das imagens computadorizadas. De forma surpreendente, o filme da Sony Pictures mistura a gravação real à gerada digitalmente num doce baile que imerge o espectador em quaisquer cenas nas quais som, atores e digitalizações se misturem. Carros construindo e descontruindo no meio das corridas, projeções em 3D e muito mais roubam a cena quando aparecem e encaixam de forma muito suave nas demais situações durante o desenrolar da história. Em suma; é de fazer inveja muitas das recentes produções da Marvel!
Sem roteiro? Sem fãs!
Por mais que possa se apoiar na premissa de estar adaptando uma história real, um filme sem roteiro não sai do zero. Este não é o caso de Gran Turismo. O roteiro envolvente aproxima o público tanto do personagem principal quanto dos secundários. Há tamanho cuidado com os detalhes da relação do protagonista Jann Mardenborough com a maioria dos personagens principais, que o espectador acaba se apegando a todos, envolvendo-os cada vez mais na trama.
Além disso, os sidekicks Jack Salt (David Harbour) e Danny Moore (Orlando Bloom) também têm seus momentos de brilho na tela (muito mais Jack do que Danny). Ambos são peças chave no desenvolvimento do novato Jann, que passa por inúmeros desafios – de todas as intensidades – para chegar ao seu sonho.
A treliça meticulosamente estruturada desde o início do filme faz com que, em diversos momentos, o espectador esqueça que tudo aquilo é realmente inspirado numa história legítima. Não deve ser negligenciada a romantização comum em qualquer obra de adaptação, já que não se trata de um documentário, porém na sessão em que nossa equipe esteve presente foi possível perceber – não por uma nem duas vezes – partes do público vibrando ou reagindo com euforia às situações colocadas na telona.
Um trabalho de imersão
Como resultado de todas as variáveis anteriores, a melhor descrição possível para o filme é: pura imersão. Como comentado em nosso Overview – Gran Turismo, o filme chega a deixar os espectadores fisicamente cansados com tamanha imersão, já que são levados junto ao carro pela qualidade sonora e de imagem apresentada ao público. Momentos de tensão, velocidade, emoção ou simples pausas sonoras deixam qualquer um grudado no assento do cinema, esperando pelo próximo passo.
Além disso, ao final da obra, o filme nos apresenta logo antes dos créditos curiosidades sobre a carreira de Jann e detalhes sobre a produção do filme – como a informação de que o próprio piloto atuou como dublê do ator Archie Madekwe em algumas das cenas. Para não deixar de fora vale a pena mencionar que a nossa equipe levantou alguns pontos negativos no filme, sendo alguns deles a completa passividade das personagens femininas, o rush da história em alguns pontos e o não aprofundamento da forte relação entre Jann e seu pai que, mais tarde, se revela extremamente importante para a trama.
Contudo, a produção da Sony Pictures deu um show de entretenimento e qualidade técnica e o filme Gran Turismo – de Jogador a Corredor vale, E MUITO, a pena seu tempo e seu ingresso!
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