Conforme pensei em Diadorim, só pensava nele

Em 06 de Junho, quinta-feira, chega aos cinemas o filme “Grande Sertão”, dirigido por Guel Arraes, é uma adaptação do clássico romance da literatura brasileira, “Grande Sertão: Veredas”, escrito por Guimarães Rosa. A trama se desenrola em uma comunidade periférica chamada “Grande Sertão”, onde a luta entre policiais e bandidos assume proporções de guerra. Nesse cenário hostil, o protagonista Riobaldo (interpretado por Caio Blat) se vê envolvido em dilemas éticos, morais e existenciais enquanto busca entender sua própria natureza e seu lugar no mundo.

Era uma mão bonita, macia e quente

A trama é narrada sob o olhar de Riobaldo, um professor de História que relata com destreza sua própria trajetória ao descrever a história de um menino contido e sensível, que nutre uma paixão platônica que vai além da amizade entre homens e essa paixão o condiciona a participar da facção que detém o domínio do complexo de Sertão. Diadorim é o que diferencia o mártir de um herói, a revolução e a rebeldia da qual Riobaldo anseia. O menino encontra em seu amigo uma força motriz: o amor.

A presença enigmática de Diadorim desperta sentimentos complexos em Riobaldo, que nunca tem coragem de revelar sua paixão, pois trata-se de um amor que desafia as normas e o entendimento de mundo do professor. A guerra no Sertão serve como pano de fundo para essa história de amor e conflito, onde a moralidade e a pluralidade se digladiam.

Viva a lei !

“Sertão é onde não tem limite de nada, é onde manda quem é forte”. Nesse contexto, a força do amor de Riobaldo por Diadorim, desenvolvida desde sua tenra infância, conduz a narrativa com a maestria de um espetáculo teatral. Estejam preparados para acompanhar os medos e angústias de uma vivência fora dos padrões da lei junto com o professor Riobaldo.