Até onde vai o limite da maternidade, do amor incodicional por um filho? Até onde uma mãe iria para curar a dor de perder um filho? O suspense psicológico “Instinto Materno” estrelando Anne Hathaway e Jessica Chastain mostra exatamente até que ponto vai o amor – ou a vingança.
O longa chega aos cinemas em 28 de março e conta a história das vizinhas Céline (Anne Hathaway) e Alice (Jessica Chastain) que tem suas vidas perfeitas viradas de cabeça para baixo após a morte do filho de uma delas. Com a amizade abalada, as amigas se veem em um círculo de mentiras, desconfianças e paranoias que mudam por completo a rotina das protagonistas.
O filme é baseado no livro homônimo de Bárbara Abel. Esta não é a primeira vez que a história é levada para as telas. Em 2018, o diretor belga Olivier Masset-DePasse trouxe a trama para o cinema. Já a adaptação de 2024 é dirigida pelo premiado diretor de fotografia Benoît Delhomme e tem roteiro assinado por Sarah Conradt.
A história se passa nos anos 1950 e a princípio mostra o estilo de vida típico de comercial de margarina das protagonistas. Duas mães dedicadas à família, com maridos bem sucedidos, filhos queridos e uma amizade sólida. A história vai ganhando corpo após a morte de Max, filho de Céline.
Céline passa a sofrer com o luto de perder o filho e Alice se culpa por não ter chegado a tempo de salvar a criança. Em dado momento, a personagem de Anne Hathaway começa a se apegar cada vez mais ao filho da amiga, Theo, e é aí que a amizade já antes fragilizada, desanda de vez.
O ponto alto de “Instinto Materno” fica para o brilhante desempenho da dupla de protagonistas, que com muita sutileza consegue dar vida às suas personagens e expressar suas dores e medos.
Anne Hathaway é um espetáculo à parte, seus olhares e maneirismos como Céline revelam uma mulher magoada e manipuladora, que gradualmente trabalha em sua vingança e cria um ambiente insuportável para Alice e sua família. De forma velada, Céline inferniza tanto a vida da amiga que Alice aos poucos começa a duvidar da própria sanidade mental.
O filme nos deixa vidrados, sem conseguir tirar os olhos da tela, uma vez que você não consegue imaginar para onde a trama irá seguir ou o que irá acontecer na próxima cena. A história trabalha bem com o desenvolvimento das reviravoltas, todo o conjunto da obra, roteiro, direção e atuação convergem de forma tão envolvente que é difícil não ficar ansioso durante todo o longa.
“Instinto Materno” é um bom thriller psicológico, é fácil de assistir, mas sem perder a profundidade e os detalhes onde precisa. A trama prende a atenção do espectador do início ao fim e consegue, além de tudo, surpreender no desenrolar de diversas ações.
