O diretor e roteirista australiano, James Wan, conhecido por dirigir filmes de terror como Annabelle e Jogos Mortais, voltará mais uma vez a esse gênero, após um breve período afastado. Uma vez que estava se aventurando nos filmes de heróis (Aquaman 1 e 2). Desta vez ele irá assumir como diretor do reboot do clássico filme da Universal “O monstro da Lagoa Negra” de 1954. Esta nova versão da obra será mais realista e pé no chão, ao mesmo tempo que homenageia o filme original de Jack Arnold.
Esta é a primeira vez que Wan irá dirigir um filme desde que ocorreu a fusão entre a sua produtora, Atomic Monster, com a Blumhouse. Além disso, Wan será produtor do filme, com Michael Clear e Judson Scott que estão na produção executiva.
O Monstro e Sua História
O filme de 54 é parte da era de ouro dos filmes de monstro Universal. Fazendo parte da leva de filmes clássicos como Frankenstein (1931), Drácula (1931) e O Homem Invisível (1933). Estes filmes foram responsáveis por estabelecer no imaginário popular estes monstros, além de trazer ao público uma paixão por filmes de terror.
A obra conta a história de Carl Maia (Antonio Moreno) e seu amigo David Reed (Richard Carlson), membros do Instituto de Biologia Marinha. Que certo dia fotografaram o que parece ser parte de um anfíbio que talvez estivesse extinto. Carl decide então mostrar a descoberta a fim de buscar apoio financeiro, porém ao retornar com outros pesquisadores, descobre que dois funcionários foram mortos. A partir daí, os personagens vão em direção à Lagoa Negra e encontram ali a horrenda criatura anfíbia, que pode ser o elo perdido entre as espécies. O Monstro, no entanto, desenvolve uma obsessão por Kay (Julie Adams), a namorada do Dr. Reed.
A Dama e a Criatura
Ademais, o Monstro da Lagoa Negra está diretamente ligado a outra personagem, porém esta é uma personagem da história de bastidores do filme. Milicent Patrick foi a responsável pelo design da criatura. Porém, na época, a Universal não gostou da ideia de ter uma mulher nos holofotes, como a criadora do visual de seu mais novo ícone cinematográfico. Então a apagaram da história, não a colocando nos créditos do filme, que na época não eram tão abrangentes como os de hoje. Porém, Milicent não foi esquecida e em 2022 o livro “A Dama e a Criatura” escrito por Mallory O’Meara foi lançado. Produzido pela editora DarkSide, a obra conta todos os bastidores deste caso.
O filme dirigido por James Wan e produzido pela Universal está em estágios iniciais de produção e devido a isso ainda não tem uma data de estreia estipulada. Este filme segue a ideia da Universal de permitir que criadores façam releituras autorais de suas obras clássicas, como foi o caso de O Homem Invisível (2020).