O quarto filme da popular franquia Kung Fu Panda é um importante desfecho e trabalha em alinhamento com o rumo que a história já seguia. A custo da coerência apresentada, vale ressaltar que o filme não vem com o objetivo de fazer fanservices sem sentido. Muito pelo contrário, o diretor Mike Mitchell parece mais preocupado em dar seguimento à história que em agradar os fãs – e isso é simultaneamente bom e ruim.
Nesse ponto da história, Po já concluiu a jornada do herói e é hora de entregar os holofotes para outro alguém. Apesar de parecer inicialmente lógico que os candidatos mais indicados seriam os 5 Furiosos e, apesar de os fãs claramente estarem ansiosos por vê-los, Mitchell possivelmente sequer considerou essa possibilidade. Eles já seguiram seu rumo e, se Po precisa repassar o cargo, deve ser para um novo talento.
Um Desfecho à Altura Para Kung Fu Panda
Dentro dessa proposta, o roteiro se desenrola com um enredo previsível, mas ritmado e divertido. Como já se espera da Dreamworks, a animação é impecável e a trilha sonora também é um grande ponto alto do filme. Entretanto, o que realmente faz com que esse seja o desfecho perfeito para a atual era de Kung Fu Panda é o senso de humor leve e simples que já é marca registrada da franquia.
Ademais, é importantíssimo ressaltar que esse não é, nem de longe, o melhor filme da franquia. A vilã não é a melhor que já tivemos e detalhes como a ausência dos 5 Furiosos quebram a expectativa dos fãs. Porém, não poderia existir melhor forma de finalizar a história do Dragão Guerreiro: Po teve seu momento e agora é hora de seguir em frente.
Kung Fu Panda 4 é o fim de uma era, mas não de uma forma ruim. Ele relembra as origens, traz pluralidade e um recomeço para a franquia. Finalmente, isso pode significar que teremos mais sequências para esse queridinho da DreamWorks, agora acompanhando a nova vida de Po, que trará novos desafios – e novas risadas.
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