Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Mergulho Noturno e a incapacidade de se mergulhar na história

Mergulho Noturno (2024), é uma produção da grande distribuidora Universal Studios, tendo como diretor Bryce McGuire. Numa narrativa comum aos filmes do gênero, traz consigo a história de uma família composta por Ray Waller (Wyatt Russell), Eve Waller (Kerry Condon) e seus dois filhos, Izzy Waller e Elliot Waller, interpretados por Amélie Hoerfele e Gavin Warren, demonstrando mais uma obra que segue a cartilha do terror clássico produzido em massa no cinema atual.

Após uma conturbada doença agravar a saúde de Ray, que até então atuava como um jogador renomado de beisebol em uma das grandes ligas dos Estados Unidos, tudo desmorona emocionalmente e financeiramente, trazendo idas constantes para médicos na busca de um resultado positivo a sua melhora. Passando casualmente por um dos bairros vizinhos, encontra o local ideal que irá protagonizar todos os seus delírios como pai, observando demoradamente um outro morador brincar com seu filho no quintal, onde é capaz de enxergar a si mesmo em uma cena semelhante ao que seria, à partir dali, cenário principal do filme. Entendendo como uma deixa para finalmente criar raízes após tantos anos viajando, resolve recomeçar uma vida junto à sua família, cumprindo a promessa da esposa e o início da segunda parte da trama.

Já tendo sido introduzidos a uma cena dos antigos moradores através de uma prévia explicação do que se refere o filme e o que pode vir a acontecer na piscina da casa, o espectador enfrenta certa aflição ao observar o entrosamento dos personagens com o ambiente, recordando a fatalidade que ocorreu naquele mesmo lugar dez anos antes, quando uma pequena garotinha é engolida sem maiores explicações em meio à água. Demonstrando uma melhora espetacular sempre que mergulha naquele mesmo local do flashback, Ray começa a ficar obcecado por permanecer na piscina. Sendo capaz de recuperar todos os seus feitos como jogador após uma remissão impressionante de sua doença crônica sem nenhum tipo de explicação médica, é levado ao questionamento do que realmente se esconde nas profundezas de águas tão límpidas. 

Destinando-se a um público que procura algo leve, Mergulho Noturno traz consigo a premissa de um terror sereno, fazendo o telespectador se prender na história muito mais graças à curiosidade da temática em si, mantendo até depois da metade o mistério sobre o que realmente se trata a trama e quais as verdadeiras causas por trás da morte da criança. Com um final incomum, é capaz de fugir do óbvio quanto ao antagonista, mas não se apresenta como suficiente para salvar um enredo arrastado, sem maiores desenvolvimentos, com cenas de susto fracas, incapazes de realmente serem consideradas como Jumpscares. Trazendo uma abordagem semelhante ao livro Uma casa no fundo de um lago do autor Josh Malerman, é algo para se assistir com amigos como fundo em uma resenha, não atribuindo maiores qualidades e inovação ao gênero.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Siga a Black nas redes sociais: https://beacons.ai/blackcompanybr