Exibido no festival americano South by Southwest(SXSW) e com passagem na 47a Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, o novo filme de Caroline Fioratti, ganha uma data de estreia no Brasil. Intitulado de, Meu Casulo de Dryway, o longa chega aos cinemas em 12 de setembro.
Leia a sinopse oficial: Virgínia comemora os seus 17 anos com uma festa em sua cobertura. Apesar de tudo parecer perfeito, Virginia não consegue ignorar a ferida que cresce com o correr das horas. O dia seguinte nasce como uma tragédia que abala o condomínio. Virgínia está morta. Patrícia, sua mãe, vive o luto quase a ponto de enlouquecer. Luana se questiona se é culpada pelo destino da melhor amiga. Nicollas tenta ignorar a morte da namorada refugiando-se em sexo casual com funcionários. E Gabriel carrega o peso de um segredo e de uma arma.
Se juntam ao elenco, Maria Luisa Mendonça, Bella Piero, Michel Joelsas, Mari Oliveira, Daniel Botelho, Caco Ciocler, Débora Duboc, Flávia Garrafa, Marat Descartes e Lena Roque. O filme é dirigido e roteirizado por Caroline Fioratti, com produção executiva de Rui Pires e André Montenegro. O longa é uma produção da Aurora Filmes, em coprodução com a Haikai Filmes. A distribuição é da Gullane +.
A diretora abordou no filme o fenômeno de condominização das cidades e como isso tem alterado as dinâmicas afetivas:
Eu tento refletir sobre o conceito de proteção, sobre os muros reais e simbólicos. Será que estamos protegidos ou criando prisões? Estamos o tempo todo vigiando e sendo vigiados. Criando mundos aparentemente perfeitos, instagramáveis, mesmo que com filtros de felicidade e palmeiras plantadas no concreto. Minha ideia aqui é falar sobre o adoecimento contemporâneo”.
Ela ainda complementa sobre o filme não ser somente uma crítica, mas também um caminho para a compreensão:
“Eu me incluo nessa discussão, pois a vida em condomínio faz parte da realidade que eu vivencio em São Paulo. Faz parte do cenário de desigualdade urbana das grandes cidades brasileiras. Meu Casulo de Dryway é um grito silencioso, principalmente da juventude, que quer romper as paredes do próprio casulo e ganhar asas para voar além dos muros, e que nem sempre sabem verbalizar esse desejo”.