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O Auge do Humano 3 inova ao utilizar câmeras 360º

O Auge do Humano 3 inova ao utilizar câmeras 360º

O Auge do Humano 3 é um longa do argentino Eduardo “Teddy” Williams, reconhecido por sua abordagem experimental no cinema, convida o telespectador a mergulhar em um universo onde as fronteiras entre realidades e percepções se tornam cada vez mais tênues. Em seu mais novo filme, o diretor prossegue com suas investigações formais e narrativas, já apresentadas em obras anteriores como “O Auge do Humano” e no curta “Parsi”. O Auge do Humano 3 não é uma sequência direta, mas sim uma evolução natural das ideias que permeiam sua filmografia.

Um grupo com jovens do Sri Lanka, Taiwan e Peru vagam em um mundo chuvoso, ventoso e escuro. Eles passam um tempo juntos, tentando fugir de seus trabalhos deprimentes e se questionando sobre o que fazer com o seu tempo.

O filme se destaca pela maneira singular como Williams captura a juventude, em sua constante busca por pertencimento e identidade, em um mundo que muitas vezes lhes parece alheio e inóspito. A inadequação com o ambiente de trabalho, a transição entre culturas diversas e a sensação de estranheza são temas centrais que se desdobram em uma narrativa não linear, característica marcante do diretor.

Para transmitir o sentimento de inadequação e a sensação de estranheza, o diretor utiliza de um recurso inusitado dentro da indústria cinematográfica tradicional: a utilização de câmeras 360º. A técnica já foi utilizada em seu curta de 2019, Parsi, amplia a imersão do espectador, mas também incorpora as imperfeições tecnológicas – os glitches e deformações – como parte integral da experiência cinematográfica.

Essas distorções não são acidentais; elas refletem a fragmentação e a desconexão que os personagens vivem, ressaltando a ideia de um mundo globalizado que, paradoxalmente, continua profundamente dividido. Assim, “O Auge do Humano 3” não é apenas uma continuidade do trabalho de Williams, mas uma reafirmação de sua visão única sobre o cinema como um meio de explorar as complexidades das relações humanas em uma era de comunicação digital. Ao entrelaçar culturas, paisagens e histórias em uma “ligação em espiral” que transcende fronteiras, Williams nos desafia a repensar o que significa estar conectado em um mundo onde as conexões nem sempre significam entendimento ou proximidade.

Entretanto, é importante salientar que a nova obra de Eduardo “Teddy” Williams é extremamente nichada a um público que aprecia experiências mais artísticas com uma narrativa extremamente não linear.

O Auge do Humano 3 estreia dia 15 de agosto nos cinemas brasileiros, com distribuição da Retrato Filmes.

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