O Quarteto Fantástico retorna às telonas em julho de 2025 como um dos filmes mais esperados do ano, veja o trailer aqui. Mas esta não será a primeira adaptação para os cinemas da equipe. Em 2015, um longa tentou reinventar os heróis, mas fracassou e foi duramente criticado. Em 2005, a equipe ganhou uma duologia que fez sucesso na época. No entanto, a primeira tentativa veio em 1994. O filme, intitulado “O Quarteto Fantástico” foi gravado, engavetado e teve suas cópias destruídas. Mesmo assim, uma delas sobreviveu e acabou vazando na internet.
O Quarteto Fantástico de 1994
Parece lenda urbana, mas é real, mais de uma década antes de Ioan Gruffudd, Jessica Alba, Chris Evans e Michael Chiklis encarnarem Reed Richards, Sue e Johnny Storm e Ben Grimm, respectivamente, o Quarteto Fantástico ganhou um filme em 1994, produzido por Roger Corman, mestre do cinema B americano. O longa nunca chegou aos cinemas, o que só aumentou o mistério. Sem a internet, poucos teriam acesso a essa adaptação live-action. Hoje, ele sobrevive como uma curiosidade cult entre os fãs.
A Marvel queria aproveitar o sucesso de Batman (1989) e impulsionar suas próprias adaptações. Para isso, vendeu os direitos do Quarteto Fantástico para a produtora alemã Neue Constantine. Mas o projeto atrasou e o prazo contratual quase expirou. Se isso acontecesse, a empresa teria que pagar uma multa de US$ 5 milhões à Marvel.
Para evitar o prejuízo, a solução foi correr contra o tempo. O estúdio precisava de alguém que entregasse um filme rápido e barato. E ninguém fazia isso melhor do que Roger Corman. Com mais de 360 filmes no currículo, ele aceitou o desafio. Assim nasceu o Quarteto Fantástico de 1994.
O enredo do filme
Na trama, um cometa radioativo passa pela Terra a cada década. Reed Richards e Victor Von Doom veem nisso uma oportunidade. Juntos, tentam converter sua energia em uma fonte poderosa. Mas um erro de cálculo de Victor causa uma explosão, e ele é dado como morto.
Dez anos depois, Reed não desiste. Ele constrói uma nave para repetir o experimento no espaço, acompanhado de Ben Grimm e dos irmãos Johnny e Sue Storm. O plano depende de um diamante gigante, mas Reed não sabe que a joia foi trocada por um impostor. O responsável? O Joalheiro, capanga de Victor, que agora governa Latvéria como Dr. Destino.
Sem o diamante, a nave explode. Milagrosamente, os quatro voltam à Terra e descobrem seus novos poderes. Mas nem todos ficam felizes. Ben, transformado no Coisa, se revolta e se isola. Ele encontra refúgio entre os párias da cidade e se apaixona por Alicia Masters, uma escultora cega.
Enquanto isso, Dr. Destino enfrenta o Joalheiro, que lidera os párias. O Quarteto acaba capturado. O vilão revela seu plano maligno e apresenta sua arma do juízo final. Mas, como manda a tradição, ele fala demais. O tempo suficiente para os heróis se soltarem, virarem o jogo e salvarem o dia.
Virando um item de colecionador
Como apurou o Omelete, a produção gastou US$ 1,5 milhão em apenas um mês de filmagens. Para os padrões de Roger Corman, isso era uma fortuna. Oley Sassone assumiu a direção, anos antes de trabalhar em séries como Xena e Mutant X. Enquanto isso, a Neue Constantine já promovia o filme com pôsteres, revistas e trailers, garantindo que a estreia era certa.
Mas então a Marvel interveio. Em um raro momento de cautela, vetou o lançamento e ordenou a destruição das cópias. O que ninguém esperava era que uma delas sobrevivesse. O longa se tornou um item de colecionador, circulando em convenções e, mais tarde, na internet. Os detalhes da produção ainda são nebulosos, mas essa versão é a mais aceita entre os fãs.
Alguns dizem que o filme nunca foi lançado porque o resultado final era péssimo. Outros acreditam que ele nunca teve a intenção de chegar aos cinemas. A teoria mais popular? Os produtores apenas rodaram o longa para manter os direitos de adaptação dos personagens. Seja como for, o Quarteto Fantástico de 1994 sobreviveu e o tempo o transformou em uma raridade cult, circulando entre colecionadores e fãs.