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O Sequestro do Papa cartaz do longa

O Sequestro do Papa é a luta do amor contra a intolerância!

O Sequestro do Papa é aquele tipo de filme em que você conhece o desfecho, pois se trata de uma obra baseada em fatos reais, mas que você passa todo o momento desejando que a história real esteja errada e o final seja completamente diferente. A dor da família Mortara de perder seu filho de maneira tão brusca e injusta está presente em cada frame do longa, mas é ainda mais acentuada graças ao elenco maravilhoso presente na obra. 

Baseado na escandalosa história verídica de um menino judeu, Edgardo Mortara, que foi sequestrado da casa de sua família em Bolonha, em 1858, por ordem do Papa Pio IX. Durante anos os pais dedicam seus esforços para recuperar seu filho, mas, apesar dos apelos desesperados da família e da indignação pública, o Papa permanece irredutível. A história deles revela um capítulo sombrio da tirania histórica na Igreja tendo como pano de fundo uma nação à beira da revolução. 

O Sequestro de Edgardo Mortara

Edgardo Mortara foi tirado de sua família em Bolonha, Itália, por ordem do Papa Pio IX, porque, segundo relatos, ele teria sido secretamente batizado por uma empregada doméstica durante uma doença grave. A Igreja argumentou que, como ele havia sido batizado, ele deveria ser criado como católico. Entretanto, por trás dessa desculpa se escondia um grande ressentimento e antissemitismo da igreja católica. 

O antissemitismo está presente do início ao fim da obra. Momolo Mortara (Fausto Russo Alesi) e Marianna Mortara (Barbara Ronchi), pais de Edgardo, são constantemente impedidos de reaver seu filho pelas autoridades eclesiásticas e civis que defendem a decisão do Papa Pio IX. A família Mortara enfrenta um sistema profundamente enraizado no preconceito contra os judeus, onde suas súplicas e apelos são ignorados ou rejeitados devido à sua fé. A obra retrata de forma poderosa e comovente a luta incansável dos Mortara contra uma instituição que usa seu poder e influência para manter Edgardo longe de seus pais, revelando a crueldade e a injustiça de uma época marcada pela intolerância religiosa.

O Sequestro do Papa é um drama que exige um grande nível de atuação de seu elenco. Fausto Russo Alesi e Barbara Ronchi conseguem trazer o drama de pais que perderam seu filho, mas que, apesar do desespero e da dor, nunca perdem a esperança de recuperá-lo. Alesi interpreta Momolo Mortara com uma intensidade comovente, transmitindo a determinação e a angústia de um pai que enfrenta obstáculos aparentemente intransponíveis. Ronchi, como Marianna Mortara, oferece uma performance igualmente poderosa, capturando a resiliência e a vulnerabilidade de uma mãe que vê sua família desmoronar. Juntos, eles criam uma dinâmica emocionalmente carregada que ancoram o filme, fazendo com que o público sinta profundamente a injustiça e a tragédia de sua situação.

As atuações dos atores que interpretam Edgardo Mortara são fundamentais para transmitir a complexidade emocional e a tragédia pessoal do personagem. O jovem ator que interpreta Edgardo criança, Enea Sala, consegue capturar a inocência e a confusão de um menino arrancado de sua família e colocado em um mundo desconhecido. Sua performance é comovente, mostrando a vulnerabilidade e a resiliência de uma criança que enfrenta circunstâncias inimagináveis. 

Por outro lado, o ator que interpreta Edgardo mais velho, Leonardo Maltese, traz uma profundidade adicional ao personagem. Ele consegue transmitir a internalização do conflito entre sua identidade judaica e a educação católica imposta a ele. A interpretação dele reflete a luta interna de Edgardo enquanto tenta reconciliar seu passado e presente, explorando temas de identidade, fé e pertencimento. 

Ambos os atores, através de suas performances, ajudam a construir um retrato complexo e emocionalmente ressonante de Edgardo Mortara, fazendo com que o público se conecte profundamente com sua história.

O Sequestro do Papa é uma obra cinematográfica poderosa que explora um capítulo sombrio da história com profundidade emocional e sensibilidade. As atuações impecáveis de Fausto Russo Alesi e Barbara Ronchi, juntamente com os atores que interpretam Edgardo Mortara, trazem à vida uma narrativa de luta, esperança e resiliência diante da opressão e do antissemitismo. O filme não apenas ilumina a injustiça sofrida pela família Mortara, mas também serve como um lembrete pungente das consequências da intolerância religiosa. Com sua direção habilidosa e performances tocantes, “O Sequestro do Papa” é um drama que ressoa profundamente, convidando o espectador a refletir sobre a importância da compaixão e da justiça em qualquer época.

O Sequestro do Papa é distribuído pela Pandora Filmes e estreia dia 18 de julho.

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