A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou nesta quinta-feira (10) a criação de uma categoria para o Oscar: Melhor Direção de Dublês. A novidade será implementada em 2027, no ano em que a premiação completa 100 anos, marcando um momento histórico para os profissionais de cinema.

A decisão representa o reconhecimento oficial de um trabalho essencial e historicamente invisível na indústria cinematográfica. Bill Kramer, CEO da Academia, e Janet Yang, presidente da instituição, destacaram a importância desses profissionais que há décadas contribuem para a magia do cinema.

“Desde os primórdios do cinema, a direção de dublês tem sido parte fundamental da produção cinematográfica”, afirmaram em comunicado oficial. A declaração ressalta a relevância técnica e artística desses profissionais que arriscam suas vidas para criar cenas espetaculares.

A nova categoria surge após anos de intensa mobilização de profissionais da área. Diretores como David Leitch, que iniciou sua carreira como dublê, foram fundamentais nessa batalha por reconhecimento. Anteriormente, apenas alguns dublês receberam homenagens honorárias, como Hal Needham em 2013 e Yakima Canutt em 1967.

Profissionais envolvidos em filmes de ação, como John Wick e Deadpool 2 têm defendido publicamente a criação desta categoria, argumentando que os dublês são artistas essenciais na construção de narrativas cinematográficas. Suas performances não apenas garantem a segurança dos atores principais, mas também agregam dramaticidade e realismo às cenas de ação.

As regras específicas para participação serão divulgadas em 2027, junto com os detalhes completos da premiação. Esta será a primeira nova categoria competitiva do Oscar desde a criação de Melhor Direção de Elenco, anunciada em fevereiro de 2024.

“Os dublês são essenciais para todos os gêneros de filme”, declarou David Leitch, celebrando a conquista que finalmente reconhece o trabalho desses profissionais fundamentais para a magia do cinema. A inovação promete transformar o Oscar e valorizar profissionais que, até então, permaneciam nas sombras das grandes produções cinematográficas.