Os proprietários de cinemas americanos querem o direito a voto no Oscar e pressionam para serem um dos grupos votantes da Academia. Eles alegam serem uma comunidade sub-representada, pois o quadro de associados tem se concentrado apenas em profissionais criativos, executivos e técnicos.

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (AMPAS), conforme a expansão anual, deve estender os convites para uma nova equipe de membros qualificados para participar dos eleitores das produções concorrentes ao Oscar, prêmio por mérito artístico e técnico no cinema dos Estados Unidos.

Essa expansão de membros está atraindo os proprietários de cinemas, que são um grupo que pretende adentrar no seleto grupo de votantes do Oscar. Apesar de alguns expositores já serem participantes da organização, a comunidade dos cinemas alega ser uma categoria com pouca representatividade no prêmio e aponta a relevância dos lançamentos em suas salas de exibição.

A Academia é organizada em 19 diferentes filiais, compostas por representantes da indústria cinematográfica. Estas divisões estão debatendo sobre as recomendações para novas associações e suas decisões podem impactar nas futuras escolhas do grande prêmio. Atualmente, para ser um associado, é preciso receber um convite patrocinado por dois membros já filiados à Academia, não são abertas inscrições.

Algumas lutas por representatividade foram conquistadas recentemente, como os dublês e os profissionais de elenco que conseguiram uma nova categoria no Oscar, com pretensão de implementação entre 2026 e 2028. A esperança é que os proprietários de cinema consigam seu espaço também.

De acordo com a Variety, acordos estão sendo negociados para a ingressão de uma 20ª classe de filiados, a dos exibidores cinematográficos. O forte argumento é a nova exigência do Oscar de que os votantes precisam assistir todos os filmes concorrentes, uma característica já inerente dos proprietários de cinemas. Porém, até o momento, a Academia não se pronunciou sobre este tema.

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