O mais novo lançamento da DreamWorks conta com uma dupla inesperada no centro de sua narrativa: um robô e um ganso. No filme, uma robô acaba se perdendo em uma tempestade e indo parar em uma ilha cheia de animais selvagens. Agora, ela busca concluir tarefas para cumprir com sua programação, mas uma dessas tarefas acaba a transformando em uma Robô Selvagem.
Logo após o tropeço com Kung Fu Panda 4, que acabou não convencendo os fãs, a DreamWorks retorna com seu mais novo trunfo. Robô Selvagem se apresenta como um mundo de cores, risadas e muita emoção, que consegue ser sensível e bem humorado na medida certa. Com direção de Chris Sanders, ganhamos mais uma animação que será apreciada pelas crianças, mas amada e realmente compreendida pelos adultos.
Em se tratando de Sanders, vale citar também que ele é responsável por Lilo & Stitch, Como Treinar Seu Dragão e outros, tendo passagens por clássicos da Disney como Tarzan, Aladdin, A Bela e a Fera e O Rei Leão. Para além da narrativa impecável, é impossível não falar da qualidade da animação, para a qual o diretor também contribui. A arte do longa é belíssima e casa perfeitamente com a sua história, traduzindo muito do que não é dito em cores e gestos.
O filme fala sobre o processo de crescer, pertencer, se superar e ter empatia. Além disso, trata também de não desistir e como nunca é tarde para fazermos o que é certo nós ou para o mundo. Inesperadamente, o longa traz uma de suas cenas mais emocionantes ainda um pouco longe de seu final, coisa que não costumamos ver, especialmente em produções tão grandes. Ainda assim, no seguimento da história ainda vemos diversos momentos tocantes e a narrativa não deixa a desejar em momento algum.
Robô Selvagem pode ser forte concorrente às premiações em 2025
A temporada de premiações ainda está um pouco distante, mas já é possível dizer que Robô Selvagem deve marcar presença por lá. Com vozes originais excepcionais (muito bem dubladas na versão brasileira, aliás), uma animação de tirar o fôlego e um dos melhores roteiros de animações dos últimos anos, a DreamWorks se coloca no páreo e deixa Divertida Mente 2 com concorrência à altura. Por fim, não é exagero afirmar que a produção pode ter se tornado favorita ao Oscar de Melhor Animação.