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Salamandra traz bons personagens, mas estereotipados!

Salamandra traz bons personagens, mas estereotipados!

Salamandra traz uma história baseada no romance homônimo do escritor francês Jean-Christophe Rufin que acompanha a jornada de uma mulher de meia idade em sua autodescoberta. Entretanto, sua narrativa arrastada e lenta pode afastar uma parcela significativa do público.

Depois de anos cuidando do pai, Catherine (Marina Foïs) passa a se sentir sufocada pelo contraste entre seus sentimentos e a realidade. Ela foge para o Brasil esperando se reconectar com a irmã Aude (Anna Mouglalis). Mais livre, mas ainda incapaz de superar a ansiedade, Catherine começa uma relação com Gil (Maicon Rodrigues), que representa uma segunda chance e oportunidade de experimentar a vida que poderia ter vivido. Determinada a recomeçar, ela precisa decidir se continua com sua reinvenção, o que pode levá-la a um fim violento e irrevogável. 

Salamandra traz estereótipos de brasileiros

Personagens são sempre um dos pontos mais instigantes de qualquer tipo de obra, entretanto Salamandra erra ao explorar estereótipos de seus protagonistas. Catherine é uma francesa fria e distante que vive um enorme choque cultural ao chegar no caloroso Brasil. A figura de Gil é o clássico brasileiro representado em praticamente todas as obras: malandro, fala mansa e disposto a qualquer coisa para ter uma vida fácil.

A crítica não está no fato do longa se basear em estereótipos, mas como o diretor Alex Carvalho não traz nada além disso. O contraste das características dos brasileiros e europeus rende cenas interessantes, mas que já foram vistas em outras diversas obras. Sendo assim, o desfecho de Catherine e Gil acaba sendo previsível para o espectador. Infelizmente, isso tende a atrapalhar as boas atuações de Marina Foïs e Maicon Rodrigues. 

O ritmo lento pode ser justificado para passar o sentimento de aprisionamento da protagonista, entretanto ao desenrolar do seu envolvimento com Gil e de sua “libertação” as cenas extremamente longas perdem o sentido. A montagem parece não conversar com o amadurecimento e a intensa paixão de Catherine e Gil, pois seu ritmo parece igual do início ao fim.

É inegável que a obra prende por sua fotografia deslumbrante! O diretor foge do centro Rio Janeiro/São Paulo para mergulhar em Recife trazendo momentos de respiro e beleza para a tela. 

Salamandra é distribuído pela Pandora Filmes com estreia marcada para 27 de junho nos cinemas

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