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The Last of Us: O jogo que questionou a humanidade

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Se você é envolvido (nem que seja um pouco) com a cultura pop e com games, com certeza sabe que eu não estou sendo o primeiro e nem serei o último de nós (Ba dum tss) a falar sobre o universo de The Last of Us.

O jogo lançado em 2013, ganhou versões para PS4 (Rmaster), PC/PS5 (Remake), um segundo jogo lançado em 2020 e foi adaptado em formato de série para “televisão” e em todas as suas versões é aclamado por público e crítica apesar de todas as polêmicas, principalmente envolvendo o segundo jogo e a série.

O que explica o sucesso de The Last of Us?

Os que não conhecem a franquia podem argumentar “é só mais um joguinho de zumbi”, porém a profundidade de The Last of Us vai além disso. Outras franquias de sucesso trouxeram a temática de mundos pós apocalípticos, enfrentar hordas de seres “mortos-vivos” e seres altamente poderosos alterados geneticamente para serem transformados em máquinas de combate.
The Last of Us foge dessa vertente final e coloca os seres humanos em um estado de instinto primitivo, aqui não existem super máquinas de combates, não existem organizações militares querendo ocultar seus experimentos. Existe uma doença, sem cura, de um parasita (existente no mundo real), que torna seu hospedeiro um fantoche.

O Estado, sem saber como proceder, tenta a solução fácil que obviamente não funciona, tornando o caos ainda maior. À partir daí, todos passam a viver apenas para sobreviver e é aqui que o jogo te pega, quando coloca o ser humano nos seus instintos mais primitivos, questionando até que ponto a moral, ética e demais conceitos de humanidade realmente são válidos.

O segundo jogo e a divisão de conceitos

Faça um exercício de imaginação: O mundo está em crise há muitos anos, a humanidade já se dividiu em diversos grupos, cada qual sobrevivendo à sua maneira e uma doença sem cura e infecciosa está a solta. Você faz parte de um grupo que ainda acredita na cura e na reconstrução da sociedade como era antes e descobre que existe a possibilidade de uma pessoa ser a chave para a cura que seu pai está buscando (aqui não vamos entrar no mérito se daria certo ou não). Porém quando se está perto da descoberta, o contrabandista responsável pela “carga” se rebela e mata todo mundo, inclusive seu pai e praticamente todos os seus conhecidos. Qual o seu sentimento em relação a isso?
Agora se imagine vivendo por 30 anos, com o peso de ver o mundo se transformando enquanto carrega a dor de ver a filha morrer em seus braços, de repente você se vê responsável novamente por uma adolescente, com idade aproximada com a que sua filha tinha e atravessa um país com essa menina. Mesmo tentando manter distanciamento emocional, você vai se apegando a cada nova descoberta que ela faz.
No final dessa trajetória, você percebe que ela se tornou uma razão novamente para a sua vida, mas vai acabar sendo morta pra servir como um experimento. Como você se sentiria nessa posição?
Estes são dois exemplos, de como The Last of Us 2 vai ao limite do certo e errado, do quanto o ser humano está disposto a suportar e passar por cima em prol daqueles que criamos apego e não necessariamente do apego entre os personagens, mas sim do jogador com estas “pessoas”.

O preconceito velado que The Last of Us escancarou

O jogo traz muitos assuntos mais profundos a serem debatidos, mas não foram as questões éticas que nortearam os debates sobre “The Last of Us – Part 2”.
Devido a diversos vazamentos (assunto que tratamos aqui) com informações fakes misturadas a dados reais do jogo fizeram com que críticos especializados e a comunidade gamer escancarasse um problema: o preconceito
Quando o jogo foi lançado, muitos já torceram o nariz, pois era jogo de “lacração”, conceito reforçado por influenciadores que fazem suas analises com base “na primeira hora do jogo” e que acabaram gerando debates acalorados nas redes sociais, devido a uma cena justamente na “primeira hora do jogo” e só!

Ou seja, muitos especialistas de internet, que possuem aquela opinião formada sobre tudo (como já dizia Raul) passaram a derrubar avaliações do jogo e criar campanhas contra o game, sem nunca terem sequer visto a introdução, baseados apenas em vazamentos e opiniões de pessoas que já demonstraram estar seguindo certas cartilhas (que eles adoram citar e criticar também quando é do lado oposto da opinião) e infelizmente isso se repetiu na série, principalmente com o episódio 3.

Uma franquia atemporal

A realidade é que The Last of Us se tornou uma franquia de força colossal no mundo do entretenimento, independente se os debates sejam sobre os assuntos que o game realmente quer alcançar, ou por haters que simplesmente gonna hate.
E você jogou The Last of Us? Assistiu a série? Você é #TeamEllie ou #TeamAbby ?

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Rodrigo Moraes

Rodrigo Moraes

Turismologo por formação, mas onde eu viajo mesmo é escrevendo e falando sobre cultura pop, principalmente games, sem deixar de lado animes, filmes e séries!

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