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12.12: O Dia | Conheça a sua história

12.12: O Dia é o novo longa do diretor sul-coreano Kim Sung-su. O filme, que é o representante da Coreia do Sul no Oscar, estreia nos cinemas brasileiros dia 23 de janeiro. O drama de guerra acompanha um país em crise após o assassinato do presidente.

O filme é baseado em eventos reais que aconteceram na Coreia do Sul no final dos anos 70. Na ocasião, o assassinato do presidente Park levou à declaração da Lei Marcial e desencadeou um golpe militar. O objetivo é recriar os acontecimentos da noite de 12 de dezembro de 1979 e os eventos que o antecederam.

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Pôster de 12.12: O Dia

12.12: O Dia

Em 12.12: O Dia, o assassinato da maior autoridade da Coreia do Sul causa um caos político sem precedentes. O ano é 1979, e, após a morte do presidente Park, o Comandante de Segurança da Defesa, Chun Doo-gwang (Hwang Jung-min), e seus oficiais decretam a lei marcial, abrindo caminho para um golpe de Estado. Ao mesmo tempo, o Comandante da Defesa da Capital, Lee Tae-shin (Jung Woo-sung), acredita que os militares não devem tomar decisões políticas e, por isso, tenta impedir os planos golpistas. Em um país em crise, diferentes forças com interesses diversos entram em conflito.

Este é o primeiro filme de ficção a retratar esse golpe militar nos cinemas e foi a maior bilheteria coreana de 2023. Apesar de a Coreia do Sul ter submetido o filme para a disputa do Oscar, ele não avançou para a segunda fase na categoria de Melhor Filme Internacional. Já o Brasil, com “Ainda Estou Aqui“, conseguiu avançar na competição. A Academia revelará a lista final com os indicados no dia 23 de janeiro.

Muitos atores conhecidos da Coreia estão presentes no elenco de 12.12: O Dia, como Hwang Jung-min (Missão Cruzada), Jung Woo-sung (O Mar de Tranquilidade) e Lee Sung-min (A Bloody Lucky Day).

Ele é um filme da Hive Media Group com distribuição da SATO Company.

Para entender o filme é necessário entender a história da Coreia do Sul

Até muito recentemente, a cultura coreana não era tão proeminente no Ocidente, fazendo com que detalhes relevantes de sua história se perdessem para nós. Apesar de abordar uma série de eventos históricos bastante complexos, o filme se mantém interessante para todos os públicos, até mesmo para aqueles que não têm vasto conhecimento sobre os fatos que inspiraram a história.

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O longa começa logo após o assassinato do presidente (ditador) Park Chung-hee. Com a Lei Marcial em vigor, a política está em frangalhos, e um vácuo de poder abre caminho para o golpe de Estado.

O público é então apresentado aos dois lados da revolta: o ambicioso general Chun Doo-wang — líder dos golpistas e claro “vilão” do filme — e o Major-General Lee Tae-shin — o “herói” da saga, aquele que busca manter a ordem civil.

Aqui, vale uma nota sobre a história. Assim como qualquer outro filme “inspirado em…” ou “baseado em…“, este insere elementos ficcionais, mistura fatos e interpretações artísticas, e não reproduz exatamente o que aconteceu. Em “12.12: O Dia“, eles também usam nomes fictícios.

Numa jogada um tanto hollywoodiana, o filme apresenta quase aquela fórmula clássica de “um contra um milhão”, em que apenas um homem consegue combater todos os inimigos com sua honra, virtude e desejo pela liberdade do povo. Porém, de acordo com registros oficiais, o homem que serviu de inspiração para o Major-General, Jang Tae-wan, apresentou uma resistência bem menos significativa. Inclusive, relatos afirmam que ele xingou e ameaçou os golpistas, mas estes o prenderam e torturaram imediatamente. Essa discrepância entre a ficção e a realidade levanta importantes questões sobre a responsabilidade do cineasta em relação aos fatos e a possibilidade de manipulação da história para fins narrativos.

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Jung Woo-sung como Major-General Lee Tae-shin

Aqueles que não conhecem a história estão fadados a repeti-la.

Como mencionado anteriormente, 12.12: O Dia foi a maior bilheteria da Coreia do Sul em 2023. Isso pode representar o desejo do público de revisitar sua história, compreendê-la e evitar sua repetição. Nesse ponto, o filme pode ser comparado a “Ainda Estou Aqui“, longa que retrata um trágico período da história brasileira que não deve ser ignorado.

É sabido que, há cerca de um mês, o então presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, declarou lei marcial. Porém, deputados conseguiram entrar no plenário e realizaram uma sessão de emergência na qual declararam a lei marcial inválida. A opisição acusou Yoon Suk Yeol de usar o conflito com Pyongyang (Coreia do Norte) para controlar a Assembleia Nacional. Hoje, sabe-se que a tentativa falhou, e as autoridades destituíram o presidente por meio de um impeachment, condenando-o e prendendo-o posteriormente.

Entender a história é vital para que o passado não se repita.

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