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A Vingança de Cinderela: Magia que Não Se Transforma em Conto de Fadas.

A Vingança de Cinderela,” dirigido por Andy Edwards e roteirizado por Tom Jollife, estreia em 05 de setembro de 2024, prometendo ser uma reinterpretação ousada e inovadora do clássico conto de fadas. Apesar de alguns acertos, o filme não consegue explorar todo o seu potencial. A Black Company teve a oportunidade de assistir ao filme antecipadamente, e esta crítica examina como as falhas na atuação e no desenvolvimento da trama comprometem o sucesso desta adaptação.

A narrativa centraliza-se em torno de uma Cinderela, interpretada por Lauren Staerck, que abandona o estereótipo da jovem submissa para se tornar uma figura sombria e vingativa. Embora a premissa seja instigante, a execução é decepcionante. A performance de Staerck carece da profundidade necessária para capturar a complexidade de uma protagonista marcada por anos de abuso e agora determinada a buscar vingança. Em vez de uma personagem multifacetada, sua Cinderela muitas vezes se apresenta monótona e unidimensional, o que impede que o público se conecte verdadeiramente com a história.

Andy Edwards, conhecido por suas habilidades em criar atmosferas visuais imersivas, tenta fundir elementos de modernidade com um cenário de época, criando uma mistura que poderia ter sido um dos pontos fortes do filme. Há toques de humor e referências contemporâneas que, em teoria, deveriam contrastar de forma inteligente com o ambiente gótico e sombrio da produção. No entanto, essa fusão, embora envolvente em alguns momentos, não é suficiente para dar o peso narrativo necessário à trama.

O roteiro de Tom Jollife, que poderia ter explorado mais profundamente temas como justiça e vingança, acaba por entregar uma narrativa simplista e previsível. O desenvolvimento da história é apressado e superficial, prejudicando a exploração dos motivos e emoções dos personagens. A transição de Cinderela de vítima a algoz, que deveria ser um dos pontos altos do filme, é tratada de forma apática, sem o impacto emocional que a trama exige.

Nem mesmo a Fada Madrinha, interpretada por Natasha Henstridge, consegue salvar a história. Embora sua personagem tenha potencial para ser uma figura sombria e ambígua, a atuação de Henstridge também sofre pela falta de profundidade no roteiro. O resultado é uma performance que, assim como a de Staerck, não consegue transmitir a dualidade e complexidade necessárias para tornar a história convincente.

Visualmente, “A Vingança de Cinderela” tem seus méritos. A direção de arte e a cinematografia, ambos elementos fortes no trabalho de Edwards, criam uma atmosfera densa e envolvente, que se destaca como um dos poucos aspectos verdadeiramente impactantes da obra. As sombras e a iluminação contrastante são utilizadas de forma eficaz para simbolizar a transformação de Cinderela e refletir o tom sombrio da narrativa. No entanto, até mesmo essa qualidade visual é ofuscada pelas falhas na narrativa e nas atuações.

Em suma, “A Vingança de Cinderela” tinha todos os elementos para se destacar como uma das melhores reinterpretações de um clássico conto de fadas, mas a execução deixa a desejar. Com falhas na atuação e no desenvolvimento da trama, o filme se torna uma experiência frustrante. Apesar de vislumbres de originalidade e momentos de humor, ele não consegue entregar a profundidade e a intensidade prometidas, resultando em uma adaptação que dificilmente será lembrada entre as melhores do gênero.

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