Estrelado por Mark Wahlberg, Ameaça no Ar é o mais novo thriller de ação de Mel Gibson. O longa nos faz acompanhar o transporte de uma testemunha em um pequeno avião. A ação começa quando descobrimos que o piloto não é quem diz ser, e a agente federal precisa lutar pela sua vida e de sua testemunha enquanto sobrevoam uma região inabitada do Alasca.
Quase dez anos após o lançamento de Até o Último Homem, Gibson retorna com o seu sexto filme como diretor. Com uma proposta simples e cenografia quase fixa, o roteiro e montagem ganham lugar de destaque. Ao longo de todo o filme, acompanhamos a agente Madelyn Harris no transporte de Winston, uma importante testemunha. O voo começa tranquilo, até o momento em que a agente federal percebe não poder confiar no piloto do pequeno avião.
Em apenas 90 minutos de filme, o roteiro de Jared Rosenberg permite aos atores brilharem em suas funções, e alcança eficácia em algo difícil no cinema atual: surpreender o espectador. A cada momento que passa, novas revelações surgem e nos fazem questionar se devemos, de fato, confiar nas personagens. Além disso, a forma como todos lutam por suas vidas e crenças até o último momento dá a entender que absolutamente tudo pode acontecer. As consequências em solo dos acontecimentos no voo criam uma camada extra de tensão, o que torna a experiência ainda mais interessante.
Mas então, por quê o Ameaça no Ar é um filme digno de Sessão da Tarde?
Apesar de muito bem executado, Ameaça no Ar ainda é apenas mais um daqueles filmes de ação. Ele prende o espectador, e até surpreende, mas não é nenhuma obra-prima. É o tipo de produção que te faz querer assistir até o final, mas que não causa grande impacto e você provavelmente vai esquecer em algumas semanas. Além disso, a curta duração nos impede de criar uma maior conexão com as personagens: tudo acontece muito rápido e falta profundidade em momento essenciais. Parte do problema em relação a isso é que acompanhamos quase todo o tempo de voo. Assim, as poucas partes que são cortadas, parecem importantes pedaços da história que estamos perdendo.
Por fim, é impossível negar que o pequeno elenco da produção é peça chave para a experiência do espectador. Mark Wahlberg, Michelle Dockery e Topher Grace realmente dão vida aos seus personagens e conseguem fazer você odiar, questionar e torcer por eles. Nesse voo, cada passageiro tem seus segredos, bons e maus momentos, e a forma como foram interpretados definitivamente trouxe o impacto necessário à trama.
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