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O arco de Jinx e Isha é um dos grandes destaques de Arcane

Arcane (2ª temporada): o suprassumo da animação

Arcane é uma série animada de duas temporadas que adapta o universo do jogo League of Legends, contando a história de Jinx e Vi, duas irmãs que seguiram caminhos completamente opostos devido aos conflitos entre Zaun e Piltover, marcados pela alta desigualdade econômica e social, além do desenvolvimento de uma tecnologia inovadora chamada Hextec.

A animação de Arcane está ainda melhor que a apresentada na primeira temporada

A série animada pelo estúdio Fortiche, exclusiva do catálogo da Netflix, estreou em 2021 e teve seu fim neste sábado (23). Teoricamente, uma vez que o final conta com muitas pontas para possíveis continuações, então é difícil saber se isso é um indício para uma terceira temporada ou se serão temas abordados em novas séries derivadas do jogo.

Primeiramente, é necessário destacar que, embora a segunda temporada continue a história do mesmo ponto onde a primeira parou, havia um desafio imenso para manter a mesma qualidade, pois Arcane já estreou colocando a régua muito alta. Felizmente, não só é do mesmo nível como na minha opinião é até melhor, em praticamente todos os aspectos.

Enquanto a primeira temporada serve para introduzir o telespectador àquele mundo e aos personagens nele presentes, a segunda tem total liberdade para desenvolvê-los. Isso eleva o nível, com cada personagem sendo muito bem escrito, ao ponto de se imaginar as subtramas da série sendo facilmente tramas principais se estivessem em outras obras, de tamanha qualidade exibida.

O meu destaque pessoal de arco principal com certeza vai para o da Jinx, que já era excelente na primeira temporada, mas agora chega em outro patamar, com a personagem amadurecendo gradualmente e entendendo seu papel naquele mundo, que até então só a tinha maltratado. Além disso, a interação dela com a personagem Isha é tranquilamente um dos pontos mais altos da série inteira.

Agora o que surpreendeu foi o arco do Ekko, que embora pequeno, foi muito emocionante, mostrando uma outra realidade quase perfeita, mas sempre com aquele sentimento melancólico, por saber que uma hora ele terá que voltar para sua realidade original. O Ekko no geral é um personagem excelente que poderia ter sido muito mais explorado em Arcane.

Outro destaque que também merece ser pontuado é a animação, que novamente era excelente na primeira temporada, mas aqui se supera, porque ousa em diferentes estilos que casam com as situações apresentadas. Não por acaso é a animação mais cara da história, com investimento de 250 milhões de dólares, segundo a Variety. Isso se reflete em um nível que quase todos os frames de Arcane são dignos de usar como wallpaper, tanto pelos cenários quanto pelo design dos personagens.

No entanto, embora pequenos, essa segunda temporada possui alguns erros. Se na primeira temporada a escolha de 9 episódios foi perfeita, aqui senti que deveriam ser mais, porque algumas subtramas tiveram que ser resolvidas de forma apressada, e uns dois episódios a mais poderiam ajudar.

O caso que mais me chama a atenção em relação ao problema citado é o arco da Mel Medarda, que entrega muitos elementos de uma vez, o que faz com que sua conclusão seja confusa em uma primeira impressão. Além disso, temos a motivação do Viktor que muda de forma muito abrupta, levando-o de um salvador para um completo vilão.

O último episódio é o que mais escancara toda a situação. Embora seja muito bom nas cenas e em mostrar toda a dimensão que a trama tomou, é uma guerra que começa em um episódio e acaba no mesmo, e poderia ser o plano de fundo para uma nova temporada inteira. Da mesma forma, a conclusão de alguns personagens importantes são “secas” demais, e pode parecer estranho se essa realmente for a temporada que irá finalizar toda a trama.

Arcane em seus poucos anos de existência já ficou marcada como uma obra prima em todos os aspectos, principalmente história e animação. Felizmente, a segunda temporada veio para aumentar o nível ainda mais, com tramas principais e secundárias igualmente boas, com destaques para Jinx e Ekko. No entanto, a escolha de 9 episódios fez com que alguns arcos fossem desnecessariamente rápidos, e outras conclusões abruptas, mas não são erros que chegam a atrapalhar a magnitude que a série alcançou.

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