Black Bag, filme de Steven Soderbergh, é uma daquelas obras que divertem aqueles que buscam um bom filme de investigação e suspense. No melhor estilo Sr e Sra smith, o “super” casal de Kate Blanchett (Kathryn) e Michael Fassbender (George) vivem um drama investigativo de agências de inteligencia onde todos são mentirosos por profissão. Com mais ou menos uma hora e meia de duração, o filme conta com um bom ritmo e ta dá a certeza de que o tempo passará rapidinho.

A obra conta com a expertize de Fassbender em viver papéis frios e que causam desconforto no espectador, que faz com que toda a obra – ainda que correndo por um caminho um tanto óbvio – fique divertida de tentar “adivinhar” os próximos passos do protagonista George. A trama gira em torno do roubo de uma arma super secreta da Inteligência britânica, quem roubou, por quê e com quem! Tapetes são puxados, desconfianças aparecem e um grupo de 5 pessoas é o alvo principal do protagonista, que deve descobrir antes que tudo caia sob seu comando e “acabe sobrando para ele”.

Com cerca de 90 minutos, o filme trabalha cadenciadamente o momento em que cada nova informação é revelada, fazendo com que não apenas o plot seja revelado apenas nas últimas cenas, mas também com que o espectador se divirta com cada novidade e ação. Junto neste ninho de víboras sedentas por abocanhar os cargos umas das outras estão também Marisa Abela, Regé-Jean Page, Tom Burke, Naomi Harris e o eterno agente mais estiloso do Reino Unido, Pierce Brosnan. Este último não tem tanto tempo de tela quanto esperado pelo peso de seu nome, mas o suficiente para alegrar fãs de 007 e incluí-lo na capa do filme para “chamar” mais público. Por outro lado, Jean Page como Stokes ganha merecido destaque pela distinta personificação do que um agente de inteligência britânico foi representado na ficção (um abraço para Johnny English que está fora desta lista). Stokes é um personagem de classe (mesmo que ainda muito novo e um pouco volátil), tanto na postura quanto vestimenta e forma de se comunicar – na versão original.

Black Bag – termo usado para “confidencial” no filme – é uma produção divertida e que entretém fácil. Nada pensado para um Oscar, mas que com certeza vale o ingresso no fim do dia. Com um bom balanço entre investigação/tensão, piadas e um leve toque se Sr e Sra Smith (2005), o roteiro assinado por David Koepp (Jurassic Park de 93 e Missão: Impossível de 96) entrega mais do que geralmente se espera de um filme com essas premissas!

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