Eu confesso para vocês que estava com um pé atrás com Back to Black, depois de tantas críticas negativas sobre o novo filme da diretora Sam Taylor-Johnson (Cinquenta Tons de Cinza), pipocarem pela internet.
É bem verdade que a cinebiografia da cantora Amy Winehouse poderia e deveria, ser muito mais profunda e visceral, do que a versão contida e correta apresentada pela Universal Pictures.
O grande destaque do longa é a interpretação de Marisa Abela, como a potente cantora de voz inesquecível. Abela transmite ternura e, talvez o mais importante de tudo, apresenta uma Amy do jeito que vimos ao longo dos anos, meiga, frágil e profundamente triste.
Ao retratar o estilo peculiar e a ascensão e queda da cantora, o filme tropeça em não se aprofundar em histórias não tão conhecidas, passar pano para o patriarca da família – Mitch Winehouse e, mostrar de forma rasa, momentos marcantes da premiada interprete da música que dá nome ao título do filme.
Outro ponto negativo é o ator Jack O’Connell, que dá vida a Blake Fielder-Civil. Para viver o marido da cantora e todo relacionamento conturbado, era crucial um ator mais preparado.
Quem for para ouvir os maiores sucessos da cantora irá se emocionar, os famosos pubs que Amy se apresentava antes da fama estão presentes. Marisa Abela trabalhou com a banda original de Winehouse nas gravações em estúdio, e canta do ‘do início ao fim’ do filme.
Por alguns minutos estava em The Dublin Castle, pub localizado em Camden Town, em Londres. Em outro momento, estava mergulhado na profunda depressão e problemas com abuso de drogas da cantora.
Back to Black estreia hoje (16) nos cinemas de todo o país. Eddie Marsan, Lesley Manville e Sam Buchanan integram o elenco. Uma história emocionante, de um passado doloroso. Amy Winehouse é um raro talento que nos deixou cedo demais. NOTA: 3.5/5.0
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