Demolidor: Renascido estreou dia 4 de março, fazendo sua estreia pelo Disney Plus ao mesmo tempo que faz praticamente uma quarta temporada da série da Netflix, que teve sua terceira e última temporada em 2018.

Atenção: A crítica terá spoilers dos episódios 1 e 2
É bom dar destaque para essa informação da Netflix porque havia muita dúvida sobre como seria o desenvolvimento do personagem no comando da Marvel. Até o momento, a série não se preocupa em contextualizar dos acontecimentos anteriores, o que é bom para os que já acompanhavam, mas pode confundir aqueles que chegam sem a referência da Netflix.
Agora para aqueles que já chegam com a bagagem anterior, o primeiro acontecimento da série pode ser chocante: a morte de Foggy. Essa decisão criativa é uma faca de dois gumes. Se por um lado mostra a coragem da série de tomar grandes decisões, por outro pode causar frustração aos que esperavam o pilar Matt-Foggy-Karen como grande destaque. Inclusive, é difícil apontar se a Karen só irá aparecer nesse começo ou se ela voltará ao longo da série.
Até agora o Demolidor de fato apareceu muito brevemente, mas já é possível notar que ele está mais acrobático, em um estilo muito similar às HQs. No entanto, as cenas de lutas ainda são uma incógnita, porque já é possível ver o uso do clássico plano-sequência, ao mesmo tempo que outras cenas ficaram um pouco artificiais na coreografia, com uso excessivo de cortes. Cabe ao resto da temporada definir qual desses dois estilos será o mais presente.
Demolidor: Renascido traz um começo intenso, ao mesmo tempo que deixa muito espaço para novos acontecimentos, tendo em vista que o próprio herói apareceu poucas vezes. Com isso, não é fácil imaginar qual será o rumo da série, mas se lembrarmos da desconfiança que o produto estava tendo, devido às recorrentes regravações e mudanças criativas, os primeiros episódios chegam para mostrar que a série ainda tem muito potencial.