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Dept Q tem Carl Morck como protagonista

Dept Q: policiais controversos e um caso sem solução

Dept Q é a nova série de drama policial do catálogo da Netflix, lançada no dia 29 de maio, com 9 episódios em sua primeira temporada. A produção adapta o best-seller “O Guardião das Causas Perdidas“, de Jussi Adler-Olsen, que já havia ganhado uma adaptação para filme em 2013. Ainda não há informações sobre uma possível segunda temporada.

Dept Q foi lançado no dia 29 de maio na Netflix

Depois de quase morrer investigando uma cena do crime, o controverso investigador Carl Morck (Matthew Goode) é nomeado como chefe de um novo departamento que será responsável por investigar casos arquivados pela polícia. A equipe de Morck, composta por Akram Salim (Alexej Manvelov), Rose Dickson (Leah Byrne) e James Hardy (Jamies Sives) escolhem o caso de Merrit Lingard (Chloe Pirrie), promotora que desapareceu há 4 anos, sendo visto pela última vez durante uma viagem de balsa.

Acredito que o maior destaque para Dept Q com certeza vai para o desenvolvimento dos personagens. Isso poderia ser um problema, já que são muitos que aparecem ao longo da trama, mas a série consegue desenvolver trazer camadas e tons mais humanos. O próprio Carl Morck é um exemplo disso, já que no começo ele aparenta ser apenas uma figura insuportável, mas aos poucos vemos ele tentando melhorar, ainda que do seu próprio jeito.

Meu destaque para os personagens com certeza vai para o Akram, que chega de forma muito discreta, mas rapidamente se torna uma das principais figuras da série. Sua personalidade mais “certinha” em contraste com Morck geram momentos bem engraçados. Além disso, há seu passado na Síria que foram revelados poucos detalhes, e pode ser algo muito interessante de se explorar em uma segunda temporada.

Acredito que o maior problema da série se trata da própria investigação, tanto a que Morck esteve envolvido quanto a de Merrit. O crime que quase matou o investigador é literalmente o primeiro acontecimento que vemos da série, e é justamente o caso que ficamos sem resposta, com pouca evolução ao longo da temporada. A maior dúvida que temos é se o caso está sendo sabotado de propósito ou não, mas isso só é discutido no último episódio.

Já a investigação de Merrit é um pouco mais complicada de se analisar, porque é normal imaginar que um caso arquivado há 4 anos tenha poucas respostas, e é necessário analisar toda a vida da pessoa. Isso inclusive faz com que a própria personagem da Merrit seja mais interessante. No entanto, acho que são muitas vertentes analisadas, e é possível causar uma confusão para quem está assistindo, já que algumas hipóteses são completamente ignoradas, e outras que tem um destaque mínimo voltam para ser o foco principal.

Dept Q é uma boa série de investigação policial, que além do próprio mistério te motiva a continuar assistindo pelos personagens. No entanto, há muitas abordagens que deixam o ritmo um pouco confuso, com subtramas que somem e voltam na mesma velocidade. É o principal ponto que deve ser olhado com mais carinho caso seja confirmada a segunda temporada.

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