Missão Impossível – O Acerto Final é o oitavo e possível último filme da franquia que se iniciou em 1996. A obra que foi lançada nos cinemas brasileiros no dia 22 de maio mostra Ethan Hunt (Tom Cruise) e sua equipe lidando com a IA “Entidade”, que pretende hackear todos os sistemas militares do mundo e causar um apocalipse nuclear.

Para tirar o “elefante da sala”, vamos aos pontos negativos, que felizmente são poucos. O filme é praticamente uma sequência direta de Missão Impossível – Acerto de Contas, mas houve grande confusão na forma de divulgação, já que anteriormente as duas obras iam ser nomeadas como parte 1 e parte 2, mas isso foi excluído por decisão de marketing. Essa deixa que o filme dá para ser assistido sem o anterior faz com que o começo seja bem ruim, já que perde muito tempo explicando todos os acontecimentos vistos em 2023.

No começo, também senti que a grande quantidade de personagens que integram a equipe de Ethan Hunt seria um problema, mas surpreendentemente eles conseguiram equilibrar bem. Apesar do foco de todos os Missões Impossíveis obviamente sempre ser o Tom Cruise, gosto da forma como toda a equipe têm seus momentos e se mostra como parte crucial da narrativa. Os destaque vão desde a novata da franquia Hayley Atwell, até os veteranos Ving Rhames e Simon Pegg.

Um destaque para o filme que foi surpreendente foi a fotografia, com takes muito inspirados. Meu momento favorito é quando o Ethan está submerso abaixo do gelo, mas a câmera está de ponta cabeça com um enquadramento aberto, dando a impressão que ele está deitado nas nuvens.

Falando em cenas submersas, pessoalmente achei a cena do submarino a melhor do filme, e é impressionante como pode impactar quem tem megalofobia, talassofobia e claustrofobia ao mesmo tempo. Só sinto que a suspensão de descrença tem que ser muito aplicada quando o Ethan volta para a superfície sem nenhuma roupa de mergulho, mas não é algo que diminua a qualidade da cena como um todo.

Obviamente não posso deixar de dar o destaque para a cena de Ethan pendurado no avião, gravada pelo próprio Tom Cruise, como um marco de todo Missão Impossível, que sempre é utilizado no marketing como ferramenta para vender o filme (com todos os méritos, por sinal). Aqui se mantém o nível da franquia, e mais uma vez desperta a curiosidade para assistir o making of.

Missão Impossível – O Acerto Final é um mix de tensão e entretenimento perfeito para experiências que filmes de ação devem proporcionar. Apesar de ainda não deixar claro que esse seja o final, espero muito que estejamos presenciando o último capítulo, primeiro porque não há um novo problema que seja da magnitude global apresentada aqui, e segundo que estamos diante de uma das melhores obras da franquia.