Predador: Killer of Killers é o novo filme da aclamada franquia que se iniciou em 1987, sendo a primeira vez em formato de animação. A obra foi lançada no dia 6 de junho para o catálogo do Hulu, com direção de Dan Trachtenberg, figura já conhecida da franquia por Prey (2022), que também será o nome por trás de Predador: Badlands.

O filme mostra 3 histórias que inicialmente parecem antologias em períodos históricos diferentes, sendo a primeira durante a época dos Viking (O Escudo), a segunda no Japão Feudal (A Espada) e a terceira durante a Segunda Guerra Mundial (A Bala), depois todas são conectadas.
O Escudo
Acredito que essa é a melhor história da animação em quase todos os quesitos. Mesmo com pouco tempo, os personagens são bem explorados, com destaque para Ursa, que quer que o filho amadureça para sobreviver naquele mundo, ao mesmo tempo que tem medo de passar os traumas que herdou de seu pai. Temos aqui uma história que consegue se sustentar mesmo sem a participação do predador nela, e quando ele chega, os melhores elementos da franquia são explorados, como a necessidade de vencer através da estratégia, já que o predador é um brutamonte, se adaptando justamente à época dos vikings.
A Espada
Se tem um ponto que essa história ganha todos os louros, com certeza é o quesito animação. Se já estava bonito antes com as paisagens gélidas, agora o filme brilha ao destacar o Japão Feudal. Essa história no geral tem uma estética muito mais voltada para o lado artístico e contemplativo. Por um outro lado, isso prejudica um pouco a história, já que não temos tantos detalhes sobre os personagens e suas motivações. O que mais me deixou confuso foi a motivação de Kenji, que aparentemente treinou sua vida inteira para enfrentar Kiyoshi, mas não tinha a intenção de matá-lo, e rapidamente o vê como um irmão na luta contra o predador.
A Bala
Acho que é partir dessa história que sinto a qualidade cair um pouco do filme como um todo. O passado de Torres mostrando sua paixão por pilotar é bem interessante, mas os problemas começam justamente no cenário do conflito, onde várias situações são absurdas até para um filme de ficção, como um soldado inexperiente conseguir sair do avião em movimento, voltar e ainda conseguir derrubar uma nave alienígena praticamente sozinho. Além disso, também me incomoda a facilidade que o personagem descobre a visão de calor do inimigo, aspecto que já é comum na franquia, mas algo que os personagens não podem ter o mesmo conhecimento do público.
Final de Predador: Killer of Killers
Infelizmente acredito que esse seja o ponto mais fraco de todo o filme, já que toda a graça do Predador estar caçando em diferentes ambientes, sempre se adaptando aos novos cenários aqui não acontece, em um crossover muito estranho entre os 3 personagens, que rapidamente já se veem como aliados. Não suficiente, todo o conceito de não ser possível ganhar do predador na força bruta é esquecido, e quase que o líder dos predadores é derrotado pelo trio recém formado.
Predador: Killer of Killers é um grande destaque para a franquia, tanto pela qualidade da obra quanto a novidade da animação, que casou muito bem com a proposta da narrativa. No entanto, o filme dá alguns tropeços no final, principalmente com o roteiro e algumas regras que são cruciais no universo de Predador.