*Contém Spoilers*

A criatura Pennywise pode ser analisada como um estrategista ou apenas como um faminto predador?

Uma filha, uma lembrança e um monstro.

“Show me the bow…”

No episódio 7 “O Black Spot”, quando Ingrid reverencia o monstro que lhe seduzia com promessas falsas de paternidade, em seus olhos mortos, podemos ver a inteligência estratégica de um predador cósmico que domina a cidade pacata de Derry. Ele analisa, percebe e reflete sobre a natureza da tristonha face da filha perdida, Periwinkle. Utilizando-se de sua mágoa e da solidão para benefício próprio. Neste capítulo, podemos notar o quão monstruoso e frio é o “IT” e o quão profundo é sua análise, ao ponto de ser mal-interpretado ou não compreendido.

Seu sadismo provém da mescla entre Pennywise e o entendimento das fraquezas humanas, sendo assim, um tipo de Nêmesis ainda mais assustador que o conceito comum de perseguidor implacável. E Ingrid não é atacada apenas pelo fato de exalar medo, mas por ter descoberto a farsa que lhe hipnotizava, perdendo assim a utilidade para o monstro.

Pennywise pensa?

“He still lives inside of me, reaching out for his baby girl…”

É nítido seu entendimento na área sentimental, sua perspicácia na leitura das ações humanas e das nuances do comportamento das pessoas. O que podemos teorizar, também, que há uma aderência naquilo que chamamos de alma. Ele não apenas se alimenta da carne, mas da vida como um todo, do excesso de vida, do excesso de medo, seja por um intuito biológico alimentando-se de substâncias como Adrenalina, Cortisol, Noradrenalina, “Temperando” o prato por assim dizer, ou apenas pelo fato de que necessita da carne em si.

“Oh, I ate him!”

Uma coisa é certa: “IT” é mais inteligente do que aparenta, e sua crueldade é de caso pensado, é estratégico e não apenas uma forma de caça, mas uma forma de prazer, frio, predatório e incalculavelmente diabólico. A falsa promessa de empatia nada mais é que falta de… fome.

“Come to papa”