O MEG (Multiplataform eSports Game) é o torneio off season mais famoso da América Latina. Vários eSports estão incluídos, como o VALORANT, eFootball, Tekken 7, Clash Royale e LoL. O torneio tem etapa online e as finais serão presenciais no dia 5 de novembro.
Caso xand
Recentemente, um caso envolvendo o jogador Alexandre ‘xand’ Zizi voltou a repercutir nas redes sociais. Ele é jogador de VALORANT e atualmente está sem clube e jogava o torneio com um time de amigos. Recentemente, ele teve passagens por 00nation e KRÜ.
Há 7 anos, xand esteve envolvido em um caso de racismo. Ele proferiu ofensas racistas enquanto jogava CS:GO e o caso foi revivido nesta quarta-feira (18) devido as polêmicas envolvendo o jogador drope (que não se pronunciou sobre o caso). Em comunicado oficial, a organização do MEG excluiu ambos os jogadores.
Na publicação original, há internautas pedindo a exclusão de mais jogadores envolvidos em diversos casos, alegando o período de tempo envolvendo o caso do xand. Um dos jogadores mais citados foi o pancc – que inclusive esteve afastado por vários meses por causa de acusações de abuso sexual. (Até o momento desse post pancc ainda está apto a jogar o torneio.)
xand também se pronunciou e considerou justa a exclusão do torneio e disse que não queria prejudicar seus companheiros de time. Contudo, veio o questionamento: até que ponto é pagar pelas consequências de um ato “antigo” de racismo e até onde as pessoas de fato mudam?
Muitas pessoas favoráveis ao banimento do jogador, utilizam da idade que ele tinha (20 anos) quando proferiu essas ofensas, para justificar o banimento. Quem é favorável ao jogador cita justamente o tempo e a mudança de comportamento após o período. Fato é que: na época ele não sofreu grandes consequências sobre esse atos.
Consequências de um ato racista dentro e fora do MEG
As pessoas podem de fato mudar e aprender com seus erros, entretanto racismo é crime punível com cárcere de dois à cinco anos, além de multa e é inafiançável após a equiparação do crime de racismo e do crime de injúria, conforme previsto na Lei 14.532/2023. Como o caso é antigo, não há como punir a rigor da lei o cyberatleta.
Houve vários casos de racismo na Copa Conmebol Libertadores e Copa Conmebol Sudamericana. Entretanto, em solo brasileiro, quem foi pego em flagrante cometendo os atos foi preso (incluindo o preparador físico do time Universitário, do Peru ), enquanto em outros países, a situação é diferente.
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