Estação Sakuga: Centauros foi uma das minhas grandes surpresas do ano! A edição da nossa parceira Editora Conrad está simplesmente deslunbrante, mas tudo isso fica ainda melhor com a narrativa cativante e envolvente de Ryo Sumiyoshi. A história do ruivo centauro Matsukaze é simplesmente linda e única com um jeito extremamente delicado de falar de assuntos como discriminação ou escravidão.

Jimba no original, contém 6 volumes no Japão e pela Conrad em 3 edições big, reunindo dois volumes por edição, com mais de 350 páginas cada uma. Entretanto, o interessante está no fato que nesse primeiro volume temos uma saga completa uma história fechada contando a trajetória de Matsukaze e seu amigo Kohibari,

O mangá de Ryo Sumiyoshi é denso tanto em sua narrativa quanto em seus desenhos. Você consegue mergulhar profundamente na história de um jeito único, a ponto de conseguir sentir as dores dos personagens. Esse sentimento é intensificado pelo traço único de Sumiyoshi, pois seus desenhos são praticamente mais intensos que suas palavras.

Seus personagens são belos e únicos com valores básicos dos clássicos heróis. São corajosos e destemidos, mas acima de tudo constantemente estão dispostos a se sacrificarem em nome dos mais fracos. A beleza de Centauros não está na capacidade de criar algo novo, mas sim em conseguir usar os elementos clássicos de sua própria forma.

Admito que estou extremamente ansiosa pelo próximo volume, mesmo sabendo que um círculo se fechou. A jornada de Matsukaze e Kohibari se encerra, mas a história de Centauros não termina! O autor consegue deixar margem para novas aventuras, mas de um modo que não torna a história principal saturada! Novos personagens são apresentados e um novo capítulo se inicia com a expansão do Japão alternativo criado por  Ryo Sumiyoshi.

Estação Sakuga é uma coluna semanal onde você encontrará análises, curiosidades, novidades e tudo mais que torna o mundo da animação e das histórias japonesas tão fascinante!