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Estação Sakuga: Demon Slayer é fraco, mas muito bem animado!

Estação Sakuga: Demon Slayer é fraco, mas muito bem animado!

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Terminou no dia 30 de junho a temporada “Treinamento dos Hashiras” de Demon Slayer sendo ela a mais curta até agora contando apenas com oito episódios. Além disso, foi confirmado que o arco do “Castelo Infinito”, responsável por encerrar a jornada de Tanjiro e Nezuko, será dividido em uma trilogia de filmes. Demon Slayer, se analisado friamente, possui uma história fraca e comum, mas que encanta graças a sua animação única e deslumbrante.

Demon Slayer e a repetitiva fórmula narrativa

A jornada do protagonista, Tanjiro Kamado, para vingar sua família e salvar sua irmã Nezuko, transformada em demônio, é uma narrativa arquetípica. A linearidade da trama, onde o protagonista enfrenta uma série de desafios crescentes em sua busca, resulta em um enredo que raramente surpreende. Cada arco narrativo é construído de maneira previsível: Tanjiro e seus aliados encontram um novo demônio, lutam com dificuldades iniciais, descobrem uma fraqueza ou um poder oculto, e eventualmente triunfam. Esse padrão repetitivo pode levar a uma sensação de previsibilidade que diminui a tensão e o impacto emocional da história.

Dentro dessa linha de raciocínio, podemos perceber como funciona a construção do desenvolvimento dos Luas Superiores e como suas trajetórias seguem constantemente o mesmo padrão. Eles são retratados de maneira unidimensional, sem motivações complexas ou passados bem desenvolvidos. Isso resulta em vilões menos memoráveis e impactantes, cujas histórias de fundo são frequentemente reveladas através de flashbacks no momento de suas derrotas. Embora esses flashbacks possam adicionar alguma profundidade aos personagens, o uso excessivo desta técnica pode interromper o ritmo da narrativa, sendo uma solução preguiçosa para o desenvolvimento dos vilões.

Em vez de integrar suas histórias de maneira mais orgânica ao longo da trama, a obra muitas vezes opta por exposições tardias e apressadas que não conseguem construir uma conexão emocional significativa com o público. Essa combinação de vilões superficiais e a dependência de flashbacks expõe uma fraqueza na construção narrativa da série que não consegue nem criar um desenvolvimento para seu principal antagonista: Muzan Kibutsuji.

Muzan é o pior vilão já feito!

O grande vilão de toda a saga praticamente não tem nenhum tempo de tela. Ao longo de cinco temporadas e dois filmes, Muzan pouco é explorado, com suas motivações sendo rasas e sem complexidade.  Como o rei dos demônios, Muzan é apresentado como um ser implacável e terrível, cuja crueldade e poder são indiscutíveis. No entanto, suas motivações e história de fundo não são suficientemente exploradas ao longo da série.

Sua principal motivação é a busca pela imortalidade e o desejo de eliminar qualquer ameaça à sua existência, o que pode parecer uma justificativa simplista para suas ações. Muzan é frequentemente retratado de maneira unidimensional, sem o desenvolvimento necessário para torná-lo um vilão tridimensional e interessante. Suas interações com outros personagens raramente revelam nuances ou conflitos internos, tornando-o menos envolvente. A falta de profundidade em seu personagem faz com que ele pareça mais uma força malévola genérica do que um indivíduo com complexidade emocional e psicológica.

Além disso, a série frequentemente introduz flashbacks e exposições tardias para tentar adicionar camadas ao personagem, mas esses esforços são insuficientes para construir uma conexão emocional significativa com o público. Em vez de desenvolver Muzan de forma gradual e integrada ao longo da trama, a série frequentemente o apresenta de maneira superficial, focando mais em sua ameaça imediata do que em sua evolução como personagem.

Essa abordagem resulta em um antagonista que, apesar de ser uma presença constante e temível, não consegue atingir o mesmo nível de profundidade e impacto emocional que os heróis da série. Uma construção mais robusta e detalhada de Muzan poderia ter proporcionado uma dinâmica mais rica e envolvente, elevando o conflito central da narrativa a um patamar mais memorável e significativo.

Demon Slayer promete criar um universo único com personagens cativantes, mas acaba só recriando todos os clichês dos shounens. Sua história só tomou proporções mundiais graças a uma animação que soube tirar proveito de uma narrativa pobre, ao criar momentos grandiosos de cenas que na sua versão original não possui graça nenhuma!

Estação Sakuga é uma coluna semanal onde você encontrará análises, curiosidades, novidades e tudo mais que torna o mundo da animação e das histórias japonesas tão fascinante!

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Vitória Möllerke

Vitória Möllerke

Apaixonada por animes, mángas, séries e filme. Formada em Jornalismo e Cinema. Até hoje esperando o Luffy se tornar o Rei dos Piratas e finalmente encontrar o One Piece!

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