A autenticidade do povo brasileiro é posta à prova quando se refere a festivais nacionais. E, sem dúvida, Doce Maravilha demonstra grande harmonia em desenvolver sua playlist inteiramente nacional, com um batuque sereno e sua graciosidade digna de reinos mágicos. As singularidades das apresentações permeiam a serenidade da inovação, trazendo consigo apresentações nunca antes vistas. A proposta, de maneira autêntica, torna tudo cada vez mais fascinante, fazendo com que seus adeptos sonhem pelo famigerado dia de se agraciar com as notas que acalentam seus ouvidos, dignas de orgulho nacional.
Não parece digno, todavia, chamar algo de tamanha autenticidade de festival. Trazendo tal afirmação de Luiz Guilherme Niemeyer, pertencente a empresa responsável pela realização dessa lenda nacional, acrescenta, com orgulho, que homenagem soa muito mais digno e coerente ao seu encontro musical. Refletindo sobre a música nacional como reintegração da identidade de um povo e desejo singelo de reunir uma nação em prol do seu próprio fruto.
Mesclando gerações e desejos, agraciar um público que viveu tantas fases da música nacional é reviver de maneira nostálgica bons momentos. Assim, estimando um público maior que da sua primeira edição, desejar pouco parece uma afronta, repensando toda história da música e todos os dejá-vus que, inevitavelmente, consumirão os mais maduros em sua apreciação.
Contando ainda sua experiência com a tentativa de esboçar festivais desse porte anteriormente, Nelson Motta retrata o Doce Maravilha como uma atualização melhorada de suas tentativas anteriores, misturando juventude e maturidade ao analisar e moldar o setlist que seria apresentado. Assim, trazendo vontades pessoais que refletem vontades de toda uma geração que cresceu ouvindo diversas das músicas que estarão no festival.
Refletindo sua preocupação com o Brasil num todo, parte de sua arrecadação será destinada a ajudar diversas instituições do Rio Grande do Sul, que passam por um momento trágico. Confirmado para os dias 25 e 26 de Maio no Jockey Club, faltam exatamente 8 dias para que nossos maiores artistas se libertem, permitindo que um pouco de sua história ou daqueles que admiram seja contada.
Com classificação etária de 16 anos, teve o cancelamento de sua edição em Curitiba devido a impossibilidade de realizar o festival no tamanho e proporção que foi idealizado, o que impediria a entrega da experiência completa do evento. Todavia, não prejudicou em nada sua edição do Rio de Janeiro, mostrando também a integridade da organização geral, que garantiu o devido reembolso aos compradores da edição cancelada. Venha se maravilhar com essa Doce Maravilha carioca!
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