Com direção de Robert Eggers, o remake de Nosferatu trouxe uma nova versão do vampiro icônico, mistura terror clássico e estética gótica para revisitar o mito de Count Orlok com intensidade renovada. O longa estreou nos Estados Unidos em 25 de dezembro de 2024 e chegou ao Brasil no início de 2025.
Com elenco de peso, incluindo Bill Skarsgård, Lily‑Rose Depp e Nicholas Hoult, o filme propõe não apenas sustos, mas também atmosfera, simbolismo e um mergulho na escuridão do desejo, da morte e do desejo de transcendência.
Um clássico reimaginado para o século XXI
A obra original de 1922, Nosferatu: Eine Symphonie des Grauens, dirigida por F. W. Murnau, já era uma das pedras-fundantes do filme de vampiro. O remake de Robert Eggers revisita esse legado, ambientando a ação na Alemanha de 1838 e trazendo a viagem de Thomas Hutter (Nicholas Hoult) à Transilvânia para negociar com o conde Orlok, sem saber no que está se metendo.
A direção de fotografia de Jarin Blaschke e o design de produção acentuam o expressionismo gótico do original, recriando o terror dos ambientes sombrios e dos silêncios perturbadores.
O enredo sem spoilers
Thomas Hutter, um agente imobiliário relativamente novo, viaja para a Transilvânia a convite de um misterioso conde, Orlok. Ele deixa a esposa Ellen (Lily-Rose Depp) aguardando em Wisborg, Alemanha. O que parecia um negócio lucrativo se transforma em um pesadelo quando Orlok revela sua real natureza e o horror do vampirismo começa a se manifestar.
O remake explora também obsessão, isolamento e o efeito da Morte como presença constante mais do que um monstro, Orlok é símbolo.
Por que assistir Nosferatu e para quem não é
Se você aprecia horror clássico com camadas de significado, ambientação rica e metáforas visuais, então este filme é para você. Agora, se esperava sustos fáceis, jump scares incessantes ou vampiros de ação rápida, prepare-se para um ritmo contemplativo, silencioso e perturbador.
A atmosfera sombria, os enquadramentos longos e o terror sugerido (e não explicitado) fazem de Nosferatu mais um estudo de medo do que um show de efeitos.