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Jasmim Ramos é a protagonista da cinebiografia de Erika Hilton

Jasmim Ramos interpretará Erika Hilton em cinebiografia da deputada federal

Com previsão de lançamento para o início de 2026, House of Hilton terá Jasmim Ramos no papel de Erika Hilton. A atriz, de 18 anos, interpretará a primeira deputada federal negra e trans eleita no Brasil. O longa tem direção de Chica Andrade e coprodução do Coletivo Bodoque e Portátil Filmes.

A escolha da protagonista, segundo a diretora do filme, se deu por conta do compromisso da atriz com o lugar de onde vem. Jasmim foi selecionada após o encerramento dos testes:

“Entre muitas garotas que se pareciam com Erika fisicamente, ou que interpretavam com bastante técnica, Jasmim tinha algo que eu considerava muito importante: seu compromisso com o lugar de onde vem, como travesti negra e periférica. O filme nem foi lançado e Jasmim já deu diversas entrevistas. Eu queria alguém que, no lugar de destaque, não esquecesse de falar por sua comunidade”, contou.

Grata pelo papel, Jasmim, espera tocar o coração de quem assistir ao filme e transmitir a força, potência e resistência de Erika Hilton: “Tem uma frase que a Erika disse em uma entrevista: ‘Eu sou um sonho ancestral’. Ela é um sonho ancestral e eu sou um sonho ancestral. Ter conseguido um papel como atriz principal sendo uma travesti é um ato revolucionário. Quero mostrar que nós, pessoas trans, podemos sim ocupar vários lugares”, afirma.

Resistência e representatividade

A cinebiografia, que foi feita 100% com financiamento privado, contará pontos importantes da história da deputada. Antes de entrar na política, Erika foi expulsa de casa, um lar evangélico, e precisou se prostituir para sobreviver. Em 2020 ela foi a vereadora mais votada no país.

House of Hilton é, também, um ato de resistência. Chica Andrade explica que “pessoas trans e travestis estão sendo perseguidas desde a colonização, em relatos que encontramos nas primeiras décadas do período colonial”.

Jasmim, que estreia nas telas, complementa e fala sobre como o longa é um importante passo dentro do setor audiovisual.

“Acredito que as pessoas acabam esquecendo que esse filme já é uma revolução gigantesca por si só. Sobretudo por, finalmente, vermos que não teremos pessoas cis interpretando personagens trans”, explica.

A atriz ainda comenta os paralelos entre as vivências que teve e as de Erika Hilton. “Eu sou uma travesti, preta, periférica e vim de berço evangélico. Algumas coisas que a Erika passou na infância, eu vivenciei também. É sobre vivência, entende? E umas das coisas que eu levei em cena da minha vida pessoal foi esse laço com o evangelho. Tivemos muitas cenas onde esse laço precisava estar forte e já ter essa bagagem foi enriquecedor para o desenvolvimento da cena”, lembra.

Erika Hilton é conhecida por lutar pelos direitos humanos e se posicionar contra qualquer tipo de violência contra grupos minorizados e minoritários. Além disso, a deputada se tornou uma diva POP para a comunidade LGBTQIA+.

“A vida da deputada não se separa da política porque tudo o que ela faz se torna político. Sua relação com a moda, com as redes sociais, com os esportes e sua maneira de tocar o dia, sempre traz debates relevantes para a nossa sociedade. Isso foi o que mais me chamou atenção em Erika, porque entendi que é um personagem complexo e que não se limita a tratar de política apenas no congresso”, conclui Chica.

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