Morreu aos 78 anos o renomado diretor David Lynch, no dia 16 de janeiro. A causa da morte ainda não foi divulgada, mas em 2024 houve a confirmação do diagnóstico de enfisema pulmonar decorrente de uma vida de tabagismo. A informação foi confirmada na página oficial do Facebook de Lynch.

Na postagem, foi comentado: “É com profundo pesar que nós, sua família, anunciamos o falecimento do homem e artista, David Lynch. Gostaríamos de ter um pouco de privacidade neste momento. Há um grande buraco no mundo agora que ele não está mais conosco. Mas, como ele diria, ‘Fique de olho no donut e não no buraco’. É um lindo dia com sol dourado e céu azul por todo o caminho.“

David Lynch foi nomeado como “o primeiro surrealista pop”, pela crítica de cinema Pauline Kael. Seu estilo misturava elementos perturbadores com o cotidiano americano. O diretor recebeu quatro indicações ao Oscar na categoria Melhor Direção, e recebeu um Oscar honorário em 2019, pelo conjunto da obra.

O diretor estreou nos cinemas com o longa metragem Eraserhead (1977), que já chamou a atenção pelo seu estilo original e fez com que seu nome se tornasse um dos mais promissores da época. Em sequência, realizou outros filmes de destaque, podendo ser citados Homem Elefante (1980), que rendeu sua primeira indicação ao Oscar, Duna (1984), Veludo Azul (1986) e Mulholland Drive (2001).

Lynch ainda revolucionou o mundo de séries com Twin Peaks, em março de 1990, como dito na crítica do New York Times: “Nunca se havia visto nada como isso, em prime time, em uma emissora aberta de televisão”. A série se diferenciou por apresentar elementos surreais e quebrar o estilo de história linear comum da época, fazendo o telespectador levar mais tempo para descobrir o mistério.

Não sendo apenas um destaque no mundo de cinemas e séries, Lynch também fez curtas, foi ator, com o mais recente papel em The Fabelmans (2022), lançou álbuns de música e fazia vlogs diários comentando sobre o tempo.