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Monstro do Pântano chegou a receber uma série em 2019

Por que o Monstro do Pântano pode ser uma das melhores obras do DCU de James Gunn?

O Monstro do Pântano será uma das obras que irão ganhar destaque nesse novo universo do DCU de James Gunn, que se iniciou oficialmente no dia 5 de dezembro com a série animada Comando das Criaturas. Apesar de ainda não possuir uma data prevista para o lançamento, a produção confirmou que James Mangold será o diretor do longa.

Monstro do Pântano usando seu dedo em um lago, em um painel de HQ

Quem é o Monstro do Pântano?

Monstro do Pântano é um personagem da DC criado por Len Wein e Bernie Wrightson, com sua primeira aparição em House of Secrets nº 92, em 1971. A história era fechada e possuía apenas 8 páginas, mas o sucesso foi tamanho que o personagem ganhou uma edição própria e atualizada em 1972.

Alec Holland (Alex Olsen na primeira versão) era um cientista que estudava uma fórmula de restauração vegetal. No entanto, como seu projeto era muito valioso, ele e sua mulher trabalhavam secretamente em um pântano. O casal foi descoberto, e o laboratório sabotado e explodido, fazendo com que a matéria orgânica presente nos experimentos se juntasse ao corpo de Alec. Os principais focos das histórias do personagem foram a busca de autoconhecimento e como retornar a forma humana.

No prefácio de Monstro do Pântano: Raízes do Terror, Christine Valada (esposa de Len Wein) comentou sobre a influência que o personagem recebeu da vida pessoal de Len:

Não me surpreende que o Monstro do Pântano tenha sido o personagem que o revelou como escritor. Sempre achei o Monstro o personagem mais pessoal de Len, que refletia todos os impedimentos físicos que ele teve desde os três anos de idade. O corpo de Len era cheio de marcas. Seu torso parecia um mapa rodoviário confuso. Na adolescência, ele teve o que chamava de “septicemia terminal” depois que uma infecção foi diagnosticada como gripe. Foi uma das três ou quatro vezes que ele quase morreu. Era só saber onde procurar que você via as cicatrizes: perto das orelhas, onde os médicos lancetaram a infecção sem o mínimo cuidado, pois achavam que ele ia morrer. A infecção corroeu tanto a pele do tornozelo que os médicos queriam amputar. O pai de Len disse que, se ele ia morrer, preferia enterrá-lo inteiro.

[…] Anos depois, quando ele escreveu “aquela história do Monstro do Pântano”, Len tinha passado por mais uma cirurgia e, mais uma vez, quase tinha morrido. Apesar do otimismo eterno e da personalidade vivaz, só consigo pensar que a percepção de si que ele teve naquela época era tingida pelo que ele via no espelho. Escrever Monstro do Pântano o ajudou a superar qualquer dúvida que ele pudesse ter quanto à autoestima.”

Como Alan Moore revolucionou o Monstro do Pântano

Em um momento de crise nas vendas dos quadrinhos do Monstro do Pântano, a obra ficou sob responsabilidade de alguém pouco experiente na época. Dessa forma, com quase liberdade total, Alan Moore não só fez seu primeiro trabalho de destaque como também revolucionou a história do Monstro do Pântano, sendo para muitos a melhor versão do personagem. Nela, há um grande plot twist: Alec Holland nunca ressurgiu do pântano. Ao morrer no local, suas memórias foram misturadas com a matéria do pântano e da fórmula, ou seja, o Monstro do Pântano nunca foi humano, apesar de possuir memórias de um.

James Mangold

O diretor de Garota, Interrompida, Ford vs Ferrari, Os Indomáveis, entre tantos outros já possui expêriencia com o gênero de herói, com o filme Logan (2017), personagem que coincidentemente também foi criado por Len Wein. A escolha do diretor pode ser vista com bons olhos, já que o próprio demonstrou interesse pelo projeto antes de estar envolvido. Além disso, Logan é uma excelente obra que possui uma maturidade narrativa atípica das comumente apresentadas no gênero, e que pode casar perfeitamente com o Monstro.

Estilo das histórias

Um ponto que comumente vem gerando reclamações em produções de heróis é o exagero da fórmula, com histórias muito similares e um estilo usado ao limite. É dessa forma que o próprio James Gunn chega à DC, com a promessa de uma renovação no gênero, e não há nada que possa ser uma síntese melhor disso do que o Monstro do Pântano, que pertenceu ao selo Vertigo da DC, que priorizava histórias mais adultas e independentes, tendo também Watchmen e Sandman em sua coletânea. Suas histórias envolvem questões existencialistas, filosóficas e psicodélicas, tudo isso misturando tons de terror. Esses elementos, se bem trabalhados, podem gerar um filme icônico no hall de super heróis.

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